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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Os Sombras – J. R Ward

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Título: Os Sombras
Autora: J.R. Ward
Editora: Universo dos Livros
Nota: 5
Sinopse: Dois irmãos, ligados por algo maior que o laço de sangue, lutam para evitar um destino brutal. Trez "Latimer" não existe de fato. E não só porque essa identidade foi criada para que o Sombra pudesse viver no mundo humano. Trez fugiu de sua prisão no palácio dos Sombras há anos, e agora vive em Caldwell como cafetão, sempre tentando evitar seu fatal destino como escravo sexual da rainha. Ele nunca teve em quem confiar de verdade... a não ser no irmão, iAm. O único objetivo de iAm sempre foi impedir que o irmão de autodestruísse, e ele sabe que fracassou nisso. Só depois que Selena, uma Escolhida, entra na vida de Trez, é que o macho começa a dar a volta por cima; porém, é tarde demais. Chegou a hora de cumprir a profecia de se compromissar com a filha da rainha, e Trez não poderá fugir ou se esconder, e não há como negociar. Encurralado entre o desejo de seu coração e um destino que nunca aceitou, Trez deve decidir se põe a si mesmo e aos outros em perigo, ou se esquece para sempre a fêmea amada. Após uma tragédia inimaginável, da beira do seu abismo emocional, Trez precisará encontrar um motivo para continuar ou se arriscará a perder tudo, inclusive a alma. Será que iAm, em nome do amor fraterno, aceitará realizar um derradeiro sacrifico em lugar do irmão?

Os Sombras é o décimo terceiro livro da série “Irmandade da Adaga Negra”, de J. R. Ward. Dentro do universo dos vampiros criado pela autora, uma história vinha se destacando, ganhando o início de seus trâmites no último lançamento, em “O Rei”: Trez e iAm, conhecidos como os irmãos “sombras”, recebem, enfim, uma história própria de quase setecentas páginas ao incrível toque de uma autora cuja narrativa transcende ao sublime. Nem todos os avisos sobre os rumos dessa história, embora ausentes de spoilers, foram suficientes para me preparar para o que estava por vir.

A história segue o velho corpo até então apresentado desde a metade da série: enquanto histórias paralelas correm, interligadas a trama principal, os personagens primários ganham maior destaque, apresentando um romance envolvente e característico a todos os casais da série. Com Trez e Selena não seria diferente. O Sombra reencontra Selena de maneira abrupta, em uma situação problemática em que nenhum dos dois desejaria estar. Mas é a oportunidade para deixarem de lado as questões existenciais e viverem o romance mais intenso da vida de ambos. Isso porque o tempo, para eles, é curto. Há uma questão que interpõe o caminho para o possível final feliz de ambos.

Correndo contra o tempo, todos se mobilizam para ir atrás de respostas. Enquanto Trez permite-se estar ao lado da mulher que ama, o passado do personagem ressurge como um aviso amargo do seu destino inevitável como o Ungido, ou seja, o prometido à rainha da raça dos Sombras. O tempo, para ele, está se acabando. iAm, então, entra como o papel do irmão que está sempre pronto para dar a si mesmo em função da felicidade de Trez. Ainda que gêmeos, Trez e iAm não poderiam ser mais diferentes. A cumplicidade de duas figuras tão distintas e tão próximas se torna essencial para manter o equilíbrio na vida de Trez. Embora o livro seja dele, é iAm quem ganha espaço nos últimos momentos da trama. Um final merecido para quem tanto se dedicou ao seu gêmeo.

Nas tramas paralelas, acompanhamos o início da história de Paradise, personagem principal da série paralela, em “Beijo de Sangue”. Rhage também ganha uma bela introdução para ser o próximo a ter sua história contada em “A Besta”, o décimo quinto volume da série. Assim, Ward mais uma vez nos mostra uma história da melhor qualidade, que nos leva a incansáveis suspiros com a doce e sexy relação de Trez e iAm, mas também a soluços e choques quando chegamos ao fim. Ao contrário do volume anterior, “Os Sombras” é um livro de romance afogado no drama mais profundo. Para quem lê, fica um questionamento: será que ainda veremos Trez como personagem principal, em algum outro momento? Ou isso foi tudo? Vindo da Ward, eu não me surpreenderia se ainda tivéssemos uma reviravolta pela frente…

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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O Rei – J. R. Ward

image - Ficha Técnica:

- Título Original:
The King

- N° de páginas: 680

- Sinopse: O Rei - Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma furiosa guerra entre vampiros e seus assassinos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por guerreiros vampiros defensores de sua raça. Depois de recusar seu trono por séculos, Wrath finalmente assumiu o manto de seu pai – com a ajuda de sua amada companheira. Mas a coroa pesa fortemente em sua cabeça. Enquanto a guerra com a Sociedade Redutora continua, e a ameaça vinda do Bando de Bastardos está prestes a acontecer, Wrath é forçado a fazer escolhas que colocam em risco tudo e a todos. Beth Randall pensou que sabia em que estava se metendo quando ela se relacionou com o último vampiro puro-sangue no planeta: não seria nada fácil. Mas quando ela decide ter um filho, percebe que não está preparada para a resposta de Wrath – ou o afastamento que essa decisão criaria entre eles. A questão é: o amor verdadeiro vencerá... ou será derrotado pelo passado sombrio?

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“O Rei” é o décimo terceiro volume da série IAN, de J.R Ward. A partir de Amante Vingado, Ward adquiriu uma escrita mais dispersa e mudou o foco da trama deste livro em diante. Não vou negar, sou do time que sente falta dos bons e velhos tempos de IAN, quando tínhamos em cada livro um enredo mais centrado no protagonista, focando sempre nos Irmãos originais. Mas Ward decidiu que deveria estender a série, acrescentar personagens novos e trabalhar subtramas junto ao casal principal de cada volume. E não tem nenhuma pretensão de voltar atrás.

J. R. Ward, contudo, anunciou recentemente que lançará uma nova série que voltará as origens, trabalhado paralelamente à IAN. “Black Dagger Legacy” ainda não tem previsão de lançamento, mas a notícia não poderia ter vindo em melhor hora. Pelo visto, Ward também sente falta da história original, e, como ela própria afirma que não pode mais voltar ao que a série já foi, correr uma série paralela parece a melhor forma de sanar a saudade que todos tinham dos primeiros personagens apresentados aos leitores. Enquanto isso não acontece, os irmãos aparecem vez ou outra nas histórias dos últimos volumes, como foi o caso de “O Rei”.

Neste livro, Ward explora o romance de diversos personagens, correndo suas histórias intercaladas ao longo de seiscentas páginas. Mas “O Rei” está longe de ser cansativo, cada momento é um deleite para o leitor, traçando um ritmo ágil e envolvente para cada um dos romances apresentados. Xcor e Layla, Assail e Sola, Wrath e Beth, Trez e Selena e até os pais de Wrath ganham seu destaque merecido. As relações possuem tramas próprias, mas são ligadas entre em si. Como resultado, temos uma história romântica com personagens apaixonantes, daqueles que não te fazem largar o livro tão cedo.

J. R. Ward ainda pode estar longe de ter voltado as origens, mas sua escrita em “O Rei” está muito próxima ao que era nos primeiros volumes. E isso é de deixar qualquer fã eufórico. Dessa vez, a autora se mostra mais centrada, sem atropelar os acontecimento ou fazer com que uma trama se sobressaia a outra. Cada um ganha seu espaço, e cada história é recheada de muito romance, explorando os defeitos e os méritos dos casais presentes no livro. Como tema central, contudo, Ward prima pela relação entre Wrath e Beth, apresentando um novo dilema entre os dois: Beth decide ter um filho. E em meio a um complô para tirá-lo do trono, Wrath ficará mais conturbado do que nunca.

“O Rei” é uma mistura de nostalgia do velho com o melhor momento da autora para o futuro da série. Bem desenvolvido, a história em nenhum momento deixa a desejar. Volto a reiterar, foram mais de seiscentas páginas devoradas em pouco mais de três dias. O final não poderia ser mais perfeito, dando-nos a sensação de ter lido um dos melhores livros da série. “O Rei” não decepciona, e  certamente emocionará aos fãs da Irmandade da Adaga Negra. 

Capa original:

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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Amante Finalmente – J.R. Ward

image- Ficha Técnica:

- Título Original: Lovers at Last

- 700 páginas

- Sinopse: Qhuinn está acostumado à solidão. Repudiado por sua linhagem e evitado pela aristocracia, ele finalmente encontrou uma identidade como um dos lutadores mais brutais na guerra contra a Sociedade Redutora. Mas sua vida não está completa. Mesmo que a perspectiva de ter uma família esteja ao seu alcance, ele está vazio por dentro, com o coração entregue a outra pessoa... Blay, depois de anos de amor não correspondido, acredita já ter superado Qhuinn. E já era hora: o homem parece ter encontrado o seu par ideal em uma fêmea Escolhida, e eles terão um filho, exatamente como Qhuinn sempre quis. O destino parece ter levado a vida desses vampiros soldados em direções diferentes... Mas a batalha pela liderança da raça se intensifica, e os novos jogadores na cena de Caldwell estão criando um perigo mortal para a Irmandade. Qhuinn finalmente descobre a verdadeira definição de coragem, e os dois corações que estão destinados a ficar juntos... finalmente se tornam um.

- Nota: clip_image004

Esperei ansiosamente pela história de Blay e Qhuinn. No fundo, nunca aceitei o fato da autora não ter juntado Vishous e Butch como um dos casais gays presentes na história. Entretanto, minha frustração foi compensada pelo relacionamento complicado entre Blay e Qhuinn, personagens que me conquistaram ao longo da série com suas idas e vindas de uma grande amizade e de amor não correspondido. Confesso que fiquei contente com o desfecho que encontrei neste volume, assim como o desenvolvimento das cenas românticas, porém o livro não foi de todo satisfatório. Houve alguns pontos que me incomodaram.

Quando Qhuinn quase morre em uma arriscada missão para salvar a vida de Zsadist, o rapaz percebe que poderia ter passado desta para melhor sem abrir seus sentimentos para o homem que sempre amou. Entretanto, Blay não parece acreditar que Qhuinn não esteja apaixonado por Laya, e este não consegue esconder o ciúmes que sente ao ver Blay e Saxton juntos, sem saber que a relação deles pende por um fio. Em uma trilha onde os dois precisarão aprender a superar seus próprios dilemas – e isto inclui preconceitos, orgulho besta e a entrega de si próprio – , Blay e Qhuinn iniciarão um romance sedutor e delicioso.

Os momentos entre o casal foram bem desenvolvidos. Para os apaixonados pelos dois, o romance é um deleite, cheio de passagens que não traçam qualquer pudor à respeito das cenas de sexo. O clima da paixão é acentuado – o amor intenso é abordado de forma um tanto dinâmica, já que há quase um jogo de gato e rato entre eles. Blay e Qhuinn estão sempre sendo interrompidos por alguém ou um dos dois acaba se afastando do outro, deixando a impressão que, quando estão para ingressar num outro nível do relacionamento, o casal volta dez casas e precisam começar tudo outra vez. Isso não foi particularmente um incômodo, pelo contrário. O lado emocional é intenso e cada cena trouxe momentos únicos entre os dois.

Entretanto, o contexto geral da história não me agradou. O enredo não gira exclusivamente em torno dos dois, e isso sim foi um incômodo. Desde Amante Meu, Ward vem traçando novos personagens paralelos que ganham um destaque exagerado na trama, ao ponto do leitor se perguntar de quem exatamente é a história. Quando terminei, fiquei com a sensação de não saber se esse era o livro de Qhuinn e de Blay, ou se era de Assail, por exemplo, que apareceu tantas vezes – senão mais, até –, que os próprios protagonistas. Aliás, achei o personagem um poço de chatice, e espero, sinceramente, que a autora não continue essa tendência nos próximos livros. Se ao menos as cenas paralelas fossem sobre os irmãos da história…

Por outro lado, Amante Renascido trouxe antigos personagens que tornaram a leitura bem atraente. Trez e iAm são figuras maravilhosas que ganharam grande destaque, assim como Saxton, cujo jeito de menino bonzinho me conquistou logo no começo. Outro foco entre personagens – e confesso que fiquei surpresa comigo mesma por ter adorado –, foi a relação desenvolvida entre Layla e Qhuinn. Gostei do modo protetor como Qhuinn cuidou dela durante a história, e Layla está bem melhor neste volume.

Amante Renascido, para mim, poderia ter focado mais nos protagonistas, mas fiquei satisfeita com que a autora nos ofereceu. A história é muito linda e o romance fofo nos proporciona ótimos momentos de leitura. Amante Renascido aborda o preconceito em diversas facetas – mas, principalmente, fala de aceitar quem você é, não importa quais obstáculos precisa superar para isso. Uma ótima leitura.

Capa Original:

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Amante Renascido – J. R. Ward

image- Ficha Técnica:

- Título Original: Lover Reborn

- 704 páginas

- Sinopse: Das sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma furiosa guerra entre vampiros e seus assassinos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por guerreiros vampiros defensores de sua raça. Desde a morte de sua shellan, Tohrment tornou-se irreconhecível. Fisicamente abalado e com o coração partido, ele é levado de volta para a Irmandade pelo anjo Lassiter. Agora, lutando com uma fúria implacável, ele está preparado para enfrentar outra tragédia. Ao descobrir que sua amada está presa em um submundo frio e isolado, Tohr procura o anjo na esperança de salvá-la. No entanto, quando Lassiter lhe diz que ele precisa aprender a amar outra fêmea para libertar sua antiga parceira, Tohr percebe que eles estão condenados. Mas ele não esperava que uma mulher intrigante e sexy começasse a mexer co seus instintos adormecidos. Em meio a uma guerra violenta contra os redutores e um novo clã de vampiros competindo pelo trono do Rei Cego, Tohr divide-se entre o amor antigo e um futuro arrebatador. Será que ele se entregará a essa nova paixão e conseguirá libertar a todos?

- Nota: clip_image004

Esperava ansiosamente por esse livro. De todos os personagens criados pela autora, tenho uma admiração particular por Tohr, não somente pelo caráter singular – e claro que isso soa redundante quando a autora tece minuciosamente uma personalidade marcante para cada um de seus personagens –, que confere à este uma figura sólida e sábia em meio a tantos personagens brincalhões, como também pela história que acentua o drama romântico, uma vez que, até o terceiro livro - e diferente de todos os personagens -, Tohr já era vinculado à uma shellan.

Caso você jamais tenha ouvido falar sobre, ou lido qualquer livro da Irmandade, a minha resenha certamente soará confusa e cheia de spoilers. IAN é uma série longa com terminações próprias, inserida em um contexto de rituais, leis e sistemas arcaicos que contrastam com as características tecnológicas e sociais dos dias de hoje. Sou fã dessa mistura da autora, acho que ela equilibra muito bem o mundo particular de sua autoria em paralelo a sociedade em que vivemos.

Nos dois últimos livros – Amante Meu e Amante Desperta –, senti uma falta imensa de uma interação maior dos personagens paralelos e de mais ação, o que acabou pesando pontos negativos na minha leitura. Em Amante Renascido, felizmente, a autora volta a destacar o relacionamento da Irmandade, principalmente porque, neste livro, o Rei sofre um atentado e deixa todos mais atentos aos laços de amizades e perdas. Quanto à ação, embora Amante Renascido se dedique à relação delicada entre No’One e Tohr, o livro não decepciona com uma trama bem elaborada, que conta com doses de ação e muitas conspirações. Aliás, neste aspecto, os novos vilões contra a Irmandade são bem vindos e prometem mais agito à história.

Tohr é um personagem solitário, que se agarra ao seu luto eterno como forma de consolo a perda de sua shellan. A tristeza e a dor são obstáculos que permeiam uma característica melancólica ao protagonista. Em cenas pra lá de tristes, Tohr demonstra o quanto está frágil em seu estado físico e psicológico, e não pensa em amar novamente. Entretanto, nosso herói descobre que sua shellan não foi para o Fade graças a ele, que não consegue se desprender das lembranças da fêmea. Em uma tarefa árdua de aprender a amar e lidar com seus próprios sentimentos, Tohr enfrentará um romance complicado com No’One, uma antiga conhecida de outros tempos.

A ligação entre No’One e Tohr é longa, portanto, para evitar spoilers, acho interessante que o leitor descubra por si só. A princípio a personagem mostra-se apática, mas aos poucos cresce e ganha voz na trama. O relacionamento é delicado e se sustenta por meio da paixão que nutrem um pelo outro – além de contarem com o empurrãozinho do anjo Lassiter, cujo propósito é unir os dois como meio de sua redenção para com o Criador. Lassiter é uma graça com seu humor debochado, seu jeito bonachão que, no fundo, esconde uma alma boa. Um personagem cativante e sedutor, que rendeu à história momentos de descontração e me fez ansiar que ele tivesse um livro próprio, algo já confirmado pela autora. Simplesmente amei todas as passagens de Lassiter na história.

A narrativa trouxe alguns diferenciais. O pulo no tempo, por exemplo, foi uma novidade. A relação dos protagonistas é bem estruturada e, portanto, mesmo se passando meses entre duas partes da história, não senti que tinha perdido algo. Além disso, o foco da trama ganha ares mais interessante com os novos vilões que já citei. Neste volume, quase não ouvimos falar do Ômega e seus redutores.

Infelizmente, devo discordar da maioria dos leitores que acharam a tradução ótima pela volta dos palavrões, uma vez que até o volume anterior as traduções eram suavizadas. De fato, encontrar um texto mais próximo do original – independente de qual estilo ele tenha –, é sempre um fato que, para mim, deva ser levado como prioridade máxima em uma tradução. Entretanto, a tradução, bem como a revisão, estava muito ruim. Houve elementos, por exemplo, em que o tradutor optou por deixar no original, mas no final da história ele mudou de ideia e traduziu-as. Como tradutora, para mim, ou deixa de um jeito, ou de outro. A revisão não ficou por menos: erros de digitação foram encontrados em várias páginas, o que tornou algumas passagens bizarras e dificultou minha leitura.

No fundo, não concordei com a decisão da autora em não trazer a Wesllie de volta, uma vez que ela já abriu essa exceção a outros personagens, mas gostei mesmo assim da história. Amante Renascido fala de luto, perdas e amizades. Depois de me decepcionar com os dois últimos livros, senti de volta aquele clima de irmandade que me conquistou. Um livro sensual, que aborda o lado emocional do luto de forma interessante e, ao mesmo tempo, nos brinda com momentos divertidos entre os irmãos. Já comecei ansiosíssima o próximo volume, que conta a trajetória de idas e vidas de um dos casais mais esperado: Blay e Qhuinn! Vale a pena ler…

Capa original:

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Amante Consagrado – J.R Ward

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- Ficha Técnica:

- Título Original: Lover Enshrined

- 550 páginas

- Sinopse: Nas sombras da noite de Caldwell, Nova York, desenvolve-se uma furiosa guerra entre os vampiros e os seus assassinos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por seis guerreiros vampiros, defensores de sua raça. E agora, um Irmão obediente deve escolher entre duas vidas... Ferozmente leal à Irmandade da Adaga Negra, Phury se sacrificou pelo bem da raça, convertendo-se no macho responsável por manter a linhagem da Irmandade. Como o Primaz das Escolhidas, ele será o pai dos filhos e das filhas que assegurarão que sobrevivam as tradições da raça, e, que haja guerreiros para lutar contra os redutores. Como sua companheira, a Escolhida Cormia quer ganhar não só o corpo, mas também o coração de Phury para si... Ela vê o guerreiro emocionalmente deteriorado atrás de toda sua nobre responsabilidade. Mas enquanto a guerra com a Sociedade Redutora se torna mais severa, uma grande tragédia abate a mansão da Irmandade e Phury deve decidir entre o dever e o amor.

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Sempre acho difícil fazer uma resenha dos livros da série IAN, que fique a altura de tudo que o livro realmente é. Por mais que eu diga o quanto a série de vampiros é uma das melhores que já li, o quanto é boa, nada vai passar realmente o que sinto lendo os livros. Ainda mais fazer a resenha de um que ultimamente vem causando uma reação de “eu amo” ou “eu odeio” nas pessoas.

Quem já conhece a série, leu os primeiros livro, sabe que Phury é o irmão gêmeo de Zsadist, aquele que sacrificou uma parte de si para salvar o irmão, o mesmo que fez voto de celibato e viveu a vida inteira em função de proteger as pessoas, especialmente Zsadist. A vida dele é marcada por muitos sofrimentos, decisões difícil e escolhas erradas. Phury é o Primaz dos Irmãos. Uma vez que a Irmandade vem diminuindo a cada século, resta a ele, como obrigação, servir como reprodutor da espécie.

Não é algo que ele queira, exatamente. Mas mais uma vez, ele se doa por alguém. Em geral, quem lê, acha o Phury o irmão mais fraco da Irmandade. Nem por um segundo estamos falando da questão física, mas sim mental. Isso porque, além de ter sofrido/sofrer na vida, para ajudar ele ainda é um viciado em fumaça vermelha. E o que acontece quando o primeiro problema surge na vida de um viciado? Se jogar ainda mais fundo nas drogas, é claro. O resultado disso é um personagem perturbadíssimo.

Todo esse drama é narrado de forma a praticamente entrarmos na mente do personagem. Ah, vide a voz que Phury escutava em sua cabeça, que ele denomina como “o mago”, uma voz cujo o único propósito era passar o dia menosprezando Phury, dizendo o quanto ele era um lixo e não prestava. (até eu ficaria louca assim). Acho que pela primeira vez, senti que o termo “Irmandade” foi totalmente deixado de fora. Me irritou o nenhum apoio que Phury teve, quando ele mesmo apoiou Zsadist ou qualquer outro, em qualquer situação. (exemplo é o que não falta nos outros livros). Porque o sofrimento dele seria menos que o de Zsadist? o de Vishous? Butch? Quando ele precisou, onde estava a Irmandade? Pronto para deixá-lo de lado.

Por outro lado, ajudar quem não quer se ajudado é um grande problema. Eu achei o drama dele lindo e delicado. Phury é um personagem muito perturbado, mas não por isso eu enxerguei ele como fraco. A relação dele com Cormia (uma das vampiras com quem ele precisa se deitar para cumprir seu papel de reprodutor da espécie) também não chega a ser da mais hot’s se comparado aos outros, está mais para uma relação de descobrir a si mesmo, descobrir a paixão aos poucos, o desejo, para quem nunca havia chegado até o fim com uma mulher em seus cento e poucos anos de vida (ah, desculpe, eu não decorei a idade dele). Sabe aquela coisa de “quero amar, mas não sei se sou digno?” acho que cai algo no estilo.

Vamos ter surpresinhas bastante agradáveis, principalmente nas últimas páginas. Volta de uns, aparecimento de novos… Destaque também para Jonh, Quinn e Blay, onde finalmente o que esperávamos é revelado e… uma cena em especial que adorei. Mas pelo barulho que causou o último livro com certo assunto, sei que muitos vão desgostar também.

Amante Consagrado é lançamento da editora Universo dos Livros. O resultado final é mais um livro maravilhoso, intenso, complexo e erótico, da melhor forma possível. J.R Ward é, decididamente, minha escritora favorita de vampiros. :)

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Onde comprar:

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Amante Sombrio – J.R Ward

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* Título Original: Dark Lover

* Preço: SUBMARINO | SARAIVA | CULTURA

* 448 páginas

Nas sombras da noite, em Caldwell (Nova Iorque) se desenrola uma sórdida e cruel guerra entre os vampiros e seus carrascos. A Irmandade e seus caçadores e os assassinos. E existe uma Irmandade Secreta de seis vampiros guerreiros, os defensores de toda a sua raça. Nenhum deles deseja aniquilar a seus inimigos com tanta ânsia como Wrath, o campeão da Irmandade da Adaga Negra. Wrath, o vampiro de raça mais pura dos que povoam a terra, tem uma dívida pendente com aqueles que, há séculos, mataram seus pais. Quando morre um de seus mais fiéis guerreiros, deixando órfã uma jovem mestiça, ignorante de sua herança e seu destino, não resta a ele outra saída senão levar a bela jovem para o mundo dos não mortos. Traída pela debilidade de seu corpo, Beth Randall se vê impotente para resistir aos avanços desse desconhecido, incrivelmente atraente, que a visita toda a noite, envolto nas sombras. Suas histórias sobre a Irmandade a aterrorizam e a fascinam... E seu simples toque provoca chispas de um fogo que pode acabar consumindo a ambos.

Eu já conhecia a série bem antes dela ser lançada no Brasil, uma amiga me apresentou Amante Sombrio e disse que eu deveria ler com toda certeza. Eu adoro livros de vampiro, mas na época estava preferindo outros e por isso por muito tempo ignorei os livros. Mas quando resolvi ler, o resultado foi um livro a cada dois dias. Li todos que já saíram e posso dizer que são viciantes.

O livro já contou com resenha aqui, quando sequer pensei que um dia eles fossem ser publicados no país. A história é sobre um grupo de vampiros guerreiros que vivem juntos em uma mansão, combatendo seus inimigos que ameaçam suas fêmeas (mulheres vampiras), e a paz na sociedade de vampiros. Como muitos já sabem cada livro conta a história de um desses irmãos, e apesar disso aconselho a ler por ordem. Um pouco da história de um serve de gancho para a história do outro.

A história é de Wrath, o rei dos vampiros. Ele precisa cuidar da filha de um de seus amigos guerreiros, e embora seu senso de honra e o correto seja apenas cuidar para que tudo ocorra bem quando ela fosse se transformar em vampira, fica impossível para ele não se apaixonar. Cenas lindas de amor, amizade entre os guerreiros como irmãos, muita ação, tensão e emoção. O livro em uma palavra? Perfeito.

Os livros da série são puramente literatura erótica. Engana-se quem pensar que literatura erótica é sinônimo de vulgaridade. Existe uma grande diferença entre erótico e pornográfico. Além disso o livro conta bastante com pitadas de filosfia. Sim, não estou maluca… basta entrar em uma conversa com a Virgem Escriba sobre o Yin & Yang, o equilibrio entre o dar e o receber, tirar e repor… você verá que não será uma conversa tão fácil. :D

Sobre a tradução, algo que ainda gera algumas discussões: Existe sim algumas diferenças, como a amenizada em alguns palavrões e mudanças bem pequenas em uma cena ou outra. Uma grande diferença? Não, embora eu ainda ache que qualquer livro deva ser publicado como está em seu formato original. Essas diferenças serão notadas no livro? Novamente não, apenas para quem já havia lido antes de eles serem publicados no Brasil saberá onde achar as mudanças.

Como se trata de literatura erótica, novamente deixo o meu aviso: Muitas cenas de sexo puro, palavrões e lutas, então se você curte algo mais light passe longe. Caso contrário, esse é decidamente uma das melhores séries de vampiro que já li na minha vida. Super recomendo! ;)

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Série “Irmandade da Adaga Negra”. (já publicado no Brasil)

1 – Amante Sombrio

2 – Amante Eterno

3 - Amante Desperto

4 – Amante Revelado

Cotação:

5 estrelas

 

 

 

Assinatura

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Amante Desperto – J.R Ward

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Lover Awakened

 Nas sombras da noite em Caldwell, Nova York, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre vampiros e seus carrascos. Há uma irmandade secreta, sem igual, formada por seis vampiros defensores de sua raça. Dentre eles, Zsadist é o membro mais assustador da Irmandade da Adaga Negra. Tendo sido por muito tempo um escravo de sangue, Zsadist ainda carrega as cicatrizes de um passado repleto de sofrimento e humilhação. Conhecido por uma fúria que não acaba e por atos sinistros, ele é um selvagem, temido igualmente por humanos e vampiros. A raiva é sua única companheira e o terror, sua única paixão... Até que resgata uma bela vampira das garras da maligna Sociedade Redutora. Bella sente-se imediatamente enfeitiçada pela ardente força que emana de Zsadist. Entretanto, mesmo quando o desejo de ambos começa a consumi-los, a sede de vingança de Zsadist contra os torturadores de Bella o leva à beira da loucura. Agora, Bella deve ajudar seu amante a superar as feridas de seu atormentado passado e vislumbrar um futuro ao lado dela...

Uma das melhores, senão a menor série de vampiros que já li. Não tem conversa, todo mundo que lê acaba sucumbindo a paixão dos irmãos da Irmandade da Adaga Negra. Vários guerreiros, cada um com sua própria personalidade marcante, vivendo em uma mansão, convivendo juntos e combatendo inimigos… acredite quando digo que essa série é mais que perfeita.

Cada um dos livros é único, é difícil escolher um preferido. Hoje eu faço a resenha do Amante Desperto, que conta a história do vampiro Zsadist (tente pronunciar isso rápido ;D), um dos seis irmãos da Irmandade da Adaga Negra. Sua história é complexa, por ser um irmão atormentado por antigos traumas. Isso porque Zsadist foi por anos um escravo de sangue, (quando um vampiro é aprisionado e usado para a sede de sangue de outro vampiro). No livro você acompanha passagens desse período difícil que foi para ele, e é impossível a história dele não emocionar. (aliás, todos os livros da J.R Ward possuem esse dom, hehe) Por causa desse passado sombrio, “Z” tem uma personalidade fria e distante dos demais irmãos. Para ter uma idéia, nos dois primeiros livros (Amante Sombrio e Amante Eterno) ele é descrito como o pior da raça, aquele que não tem mais salvação. O único que parecia conseguir se aproximar dele era Phury, seu irmão gêmeo.

Mas  ele acaba se apaixonando por Bella, outra vampira que é seqüestrada pelos redutores (os inimigos da Irmandade). A relação dos dois é delicada pelo lado mental e atormentado de Z., e, ao mesmo tempo, forte e quente pelo lado físico. Um casal que precisava superar as barreiras dos próprios medos, e, ao mesmo tempo, se ajudarem mutuamente.

Eu aconselho a ler por ordem: Amante Sombrio, Amante Eterno, Amante Desperto. Fica mais fácil de entender certos termos que são explicados já no primeiro livro, e claro, ler na seqüencia sempre tem um encantamento a mais. ;D

Muita ação, cenas de luta, sexo forte e uma história que encanta e emociona. Esse livro é mais que especial.

A Universo dos Livros já publicou os três primeiros da série, num intervalo de 60 dias entre um e outro. (*pulando*) E ainda promete publicar todos os outros. *.* Entretanto, nesse livro, foi deixado de fora o epílogo (não intencional) que logo depois a editora disponibilizou na internet. Lembrando também que o livro recebeu uma dose de suavização nos palavrões (há bem menos que na versão original), mas que, ao meu ver, não tirou o brilho da história.

Z. tem um encantamento especial, uma superação dos próprios medos e a tentativa de se achar digno de se apaixonar e ter uma nova chance de recomeçar a vida. Recomendadíssimo!!!

Cotação:

5 estrelas

Assinatura Bruna