- Ficha Técnica:
- Título Original: Lover Enshrined
- 550 páginas
- Sinopse: Nas sombras da noite de Caldwell, Nova York, desenvolve-se uma furiosa guerra entre os vampiros e os seus assassinos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por seis guerreiros vampiros, defensores de sua raça. E agora, um Irmão obediente deve escolher entre duas vidas... Ferozmente leal à Irmandade da Adaga Negra, Phury se sacrificou pelo bem da raça, convertendo-se no macho responsável por manter a linhagem da Irmandade. Como o Primaz das Escolhidas, ele será o pai dos filhos e das filhas que assegurarão que sobrevivam as tradições da raça, e, que haja guerreiros para lutar contra os redutores. Como sua companheira, a Escolhida Cormia quer ganhar não só o corpo, mas também o coração de Phury para si... Ela vê o guerreiro emocionalmente deteriorado atrás de toda sua nobre responsabilidade. Mas enquanto a guerra com a Sociedade Redutora se torna mais severa, uma grande tragédia abate a mansão da Irmandade e Phury deve decidir entre o dever e o amor.
Sempre acho difícil fazer uma resenha dos livros da série IAN, que fique a altura de tudo que o livro realmente é. Por mais que eu diga o quanto a série de vampiros é uma das melhores que já li, o quanto é boa, nada vai passar realmente o que sinto lendo os livros. Ainda mais fazer a resenha de um que ultimamente vem causando uma reação de “eu amo” ou “eu odeio” nas pessoas.
Quem já conhece a série, leu os primeiros livro, sabe que Phury é o irmão gêmeo de Zsadist, aquele que sacrificou uma parte de si para salvar o irmão, o mesmo que fez voto de celibato e viveu a vida inteira em função de proteger as pessoas, especialmente Zsadist. A vida dele é marcada por muitos sofrimentos, decisões difícil e escolhas erradas. Phury é o Primaz dos Irmãos. Uma vez que a Irmandade vem diminuindo a cada século, resta a ele, como obrigação, servir como reprodutor da espécie.
Não é algo que ele queira, exatamente. Mas mais uma vez, ele se doa por alguém. Em geral, quem lê, acha o Phury o irmão mais fraco da Irmandade. Nem por um segundo estamos falando da questão física, mas sim mental. Isso porque, além de ter sofrido/sofrer na vida, para ajudar ele ainda é um viciado em fumaça vermelha. E o que acontece quando o primeiro problema surge na vida de um viciado? Se jogar ainda mais fundo nas drogas, é claro. O resultado disso é um personagem perturbadíssimo.
Todo esse drama é narrado de forma a praticamente entrarmos na mente do personagem. Ah, vide a voz que Phury escutava em sua cabeça, que ele denomina como “o mago”, uma voz cujo o único propósito era passar o dia menosprezando Phury, dizendo o quanto ele era um lixo e não prestava. (até eu ficaria louca assim). Acho que pela primeira vez, senti que o termo “Irmandade” foi totalmente deixado de fora. Me irritou o nenhum apoio que Phury teve, quando ele mesmo apoiou Zsadist ou qualquer outro, em qualquer situação. (exemplo é o que não falta nos outros livros). Porque o sofrimento dele seria menos que o de Zsadist? o de Vishous? Butch? Quando ele precisou, onde estava a Irmandade? Pronto para deixá-lo de lado.
Por outro lado, ajudar quem não quer se ajudado é um grande problema. Eu achei o drama dele lindo e delicado. Phury é um personagem muito perturbado, mas não por isso eu enxerguei ele como fraco. A relação dele com Cormia (uma das vampiras com quem ele precisa se deitar para cumprir seu papel de reprodutor da espécie) também não chega a ser da mais hot’s se comparado aos outros, está mais para uma relação de descobrir a si mesmo, descobrir a paixão aos poucos, o desejo, para quem nunca havia chegado até o fim com uma mulher em seus cento e poucos anos de vida (ah, desculpe, eu não decorei a idade dele). Sabe aquela coisa de “quero amar, mas não sei se sou digno?” acho que cai algo no estilo.
Vamos ter surpresinhas bastante agradáveis, principalmente nas últimas páginas. Volta de uns, aparecimento de novos… Destaque também para Jonh, Quinn e Blay, onde finalmente o que esperávamos é revelado e… uma cena em especial que adorei. Mas pelo barulho que causou o último livro com certo assunto, sei que muitos vão desgostar também.
Amante Consagrado é lançamento da editora Universo dos Livros. O resultado final é mais um livro maravilhoso, intenso, complexo e erótico, da melhor forma possível. J.R Ward é, decididamente, minha escritora favorita de vampiros. :)
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