quarta-feira, 6 de junho de 2012

Carolina se apaixona – Federico Moccia

image - Ficha Técnica:

- Título Original: Amore 14

- 398 páginas

- Sinopse: Carolina tem catorze anos de idade. Vive um momento mágico em sua vida. As amigas, sempre por perto. E os sonhos, quantos sonhos! E há os primeiros beijos roubados no escurinho do portão. E sempre aquela música que surge no momento certo. Festas, escola, brincadeiras, mas também existem as provas e outras coisas de gente grande. A avó é maravilhosa e sabe enxergá-la bem longe, lá no fundo de sua alma. Sobre o amor? O que se sabe? O que se vive? Como é realmente o amor? Talvez ele tenha os olhos de Massimiliano? O amor é aquilo? Quem sabe... Mas Carolina perdeu o celular, e com ele tudo o que sabia sobre o rapaz. Mesmo assim, ela não tem dúvidas de que conseguirá reencontrá-lo. Enquanto isso, sonha chegar bem perto da nuvens. E a vida transcorre sem preocupações. Entre as aventuras de cada dia e as sombras do convívio familiar não paira nem de longe a suspeita e a desconfiança. O seu coração está sempre acelerado a cada afeto que se abre e se transforma em esperança pelo futuro. E há uma estrada infinita diante dela que convida a seguir caminhos desconhecidos. Carolina está pronta para ser feliz.

- Nota: 2

Fiquei com o pé atrás com Federicco Moccia após o livro “Desculpa se te chamo de amor”. Tive uma dificuldade enorme com a leitura abandonada ao meio, e infelizmente minhas pesquisas ainda não chegaram a conclusão se isso se deve ao tradutor ou se aquela era a escrita (confusa) do autor (afinal, eu não falo italiano, não tive como comprovar hehe). Mas por indicação, fui ler “Carolina se apaixona”, e o resultado saiu um pouco diferente do meu desastre com Federicco à primeira vez.

Carolina se apaixona conta a história de… bom, Carolina. A garota é uma adolescente típica aos seus 14 anos. Possuí duas melhores amigas, odeia certas matérias na faculdade, tem problemas familiares e vive sonhando com um amor que a faça suspirar. Nesse último quesito, Carolina esbarra em um rapaz belíssimo, chamado Massi, e vive um dia romântico com ele.

Entretanto, seu sonho não dura muito. Carolina perde o celular em que anotou o número dele, perdendo assim qualquer possibilidade de manter um contato. Ainda assim, mantém certo resquício de esperança. Carolina segue com a vida, mas não esqueceu Massi.

Estava adorando o livro desde a primeira página. Os personagens são ótimos, mais reais e típicos de qualquer família. Os pais de Carolina, cujo tempo e a monotonia destruiu o amor do casamento, a irmã chata que faz questão de implicar com tudo e o irmão *suspiro* que quer ser escritor e precisa lutar para provar ao pai que pode sim sobreviver disso. Rusty James é um bônus ótimo a história e encanta com seu sonho de escrever. Federicco nada mais faz do que expressar com exatidão o que qualquer escritor, infelizmente, acaba ouvindo pelo menos uma ou duas vezes na vida.

Sim, a narrativa um tanto ousada continua lá. Federicco aposta em páginas e mais páginas de um só parágrafo, em narrativas as vezes não tão descritivas, outras mais poéticas e românticas. Os leitores de primeira viagem provavelmente ainda vão estranhar. Agora, se preciso dar credito ao tradutor eu não sei, mas a leitura fluiu bem melhor, mais gostosa e, mesmo sendo uma leitura diferenciada, a narrativa me agradou muito.

Mesmo assim, nem tudo são flores. É bonitinho o primeiro amor de Carolina, poético até, se não fosse por alguns aspectos que entram em contradição com essa idea que cerca o livro. Carolina afirma o tempo todo que Massi é seu amor, que ela nunca iria esquecê-lo (amor de um dia), mas, ao mesmo tempo, não perde a oportunidade de beijar qualquer mocinho bonitinho do livro que esteja afim dela. No começo isso se torna até irrelevante, se não fosse pelo fato que a situação se repete, repete e repete, cada situação com um garoto diferente.

E esse é justamente o ponto fraco do livro. Eu sempre sou a primeira a reforçar o conceito de, quanto maior um livro, maior a possibilidade do autor explorar a idea e envolver os personagens de modo mais profundo. Porém, são quatrocentas páginas pra poucos acontecimentos realmente impactantes na história. Ok, não quatrocentas, porque lá pelas duzentas e pouco, quando a história caiu na mesmice,  eu abandonei o livro. Talvez depois disso tenha melhorado, e eu juro que tentei prosseguir, mas não consegui. O que era uma leitura agradável, que até então fluía perfeitamente, tornou-se cansativa e arrastada. O autor escreve muito bem, mas não precisava ter enrolado tanto.

Então, fico num impasse: Alguns pontos positivos, outros bem negativos. Inclusive, fui atrás de descobrir o final do livro e não me agradou o desfecho. Ao menos, por trás da proposta do autor, achei que deveria ter tido outro final.

Se darei outra chance aos livros do autor? Claro. Como citei, a leitura fluiu muito mais rápida dessa vez, bem mais gostosa, e quem sabe eu me identifique com outros livros do Federicco. Infelizmente, não foi dessa vez.

Capa original:

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