quinta-feira, 14 de junho de 2012

Destino – Ally Condle

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- Ficha Técnica:

- Título Original: Matched

- 238 páginas

- Sinopse: Cassia tem absoluta confiança nas escolhas da Sociedade. Ter o destino definido pelo sistema é um preço pequeno a se pagar por uma vida tranquila e saudável, um emprego seguro e a certeza da escolha do companheiro perfeito para se formar uma família. Ela acaba de completar 17 anos e seu grande dia chegou: o Banquete do Par, o jantar oficial no qual será anunciado o nome de seu companheiro. Quando surge numa tela o rosto de seu amigo mais querido, Xander - bonito, inteligente, atencioso, íntimo dela há tantos anos -, tudo parece bom demais para ser verdade.Quando a tela se apaga, volta a se acender por um instante, revelando um outro rosto, e se apaga de novo, o mundo de certezas absolutas que ela conhecia parece se desfazer debaixo de seus pés. Agora, Cassia vê a Sociedade com novos olhos e é tomada por um inédito desejo de escolher. Escolher entre Xander e o sensível Ky, entre a segurança e o risco, entre a perfeição e a paixão. Entre a ordem estabelecida e a promessa de um novo mundo.

- Nota: 3

De vez em quando vou contra a correnteza. Quando todos adoram um livro, comentam, divulgam,  eu leio e acabo achando… bom. bom.

Isso aconteceu com Destino. Depois de duas tentativas, acho que distopia não é minha praia. Definitivamente. Para quem ficar curioso, minha primeira leitura partiu de Jogos Vorazes, e o resultado foi decepção por tanto barulho que o livro vinha causando. Com Destino foi igual. Eu até gostei, mas… não achei tudo isso que falam.

Cassia é uma garota que vive num futuro onde a Sociedade, uma espécie de governo, controla tudo. Mas quando falamos em tudo, é tudo mesmo. Como você vai se divertir, quais serão os jogos, o que você vai comer, qual a quantidade, quando você vai morrer, o que vai vestir e quem você você vai se apaixonar. Até mesmo seus sonhos são monitorados pela Sociedade, que tem como justificava a proposta de uma sociedade harmoniosa, sem a discórdia, o caos, inveja, pobreza e todos esses blá, blá, blás que um dia já foram a desgraça da humanidade.

Todos aceitam isso pacificamente, até mesmo Cassia. Todos ficam agradecidos por um Sociedade que cuide deles, proporcionando um estilo de vida razoavelmente feliz. Entretanto, poucos dias depois de ter sido apresentada ao rapaz que seria seu Par – ou seja, seu marido para a vida toda, algo dá errado e o sistema que controla isso apresenta para ela outra possibilidade, um garoto chamado Ky. É aí que Cassia se pergunta até onde a Sociedade está correta.

Posso dizer que tudo que encontrei de negativo em Jogos Vorazes apareceu em Destino também. A narrativa lenta, sem atrativos, sem diálogos realmente interessantes ou uma ação que não acontecesse somente nas últimas páginas do livro. O romance? Achei um dos mais fracos e sem graça que já li. Nada acontecia e já na metade da história me vi pulando várias páginas. Uma pena.

Então, porque três estrelas? Embora eu ainda ache que as autoras precisem adaptar melhor essa idea de romance + crítica social + narrativa, sem que uma acabe jogando as outras para escanteio, a proposta foi melhor apresentada. Um governo – ou melhor, uma Sociedade manipuladora em causa de um “bem maior” foi bem elaborada e até bastante plausível. Com o tempo, as pessoas acabaram se acomodando com o que a Sociedade tinha a oferecer – a aparência da vida perfeita, -  e se esqueceram de lutar pelas próprias escolhas e opiniões.

Sim, embora eu tenha achado a narrativa lenta, também tenho que dar algum crédito a ela. É através dos pensamentos de Cassia que toda essa abordagem é feita. No princípio apenas mais uma entre tantos outros que seguem as regras, mas, conforme virava as páginas, seus pensamentos rebelava-se em pequenas doses. Porque ela tinha que amar quem a Sociedade designava? Porque ela não podia ter um objeto pessoal? Porque a Sociedade não permite as pessoas lerem poemas, a não ser aquelas que ela havia escolhido? Em parte, a narrativa chega ser poética e bonita. Em outras, um tanto repetitiva e monótona, mas não deixa de ser interessante toda essa mensagem por trás.

Acabei gostando da proposta. O resultado foi esse, gostei da mensagem, achei ruim a história. Se é possível não sei, mas confesso que não me animei para ler a continuação, Travessia, que foi lançado pela Suma não faz muito tempo. Entretanto, indico dois filmes maravilhosos que representam exatamente esse livro e toda essa idea. Ambos estão disponíveis no Brasil, mas não encontrei trailers legendados para colocar aqui. Para quem gosta, será uma noite de pipoca:

Equilibrium, um filme que retrata  tudo que foi proposto pelo livro. (Hum… será que a autora se baseou nele?):

A Ilha, que embora fale de clones, retrata a ideia de manipulação de uma sociedade que escolhe o que você come, veste ou como se diverte…

Capa original:

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