-Ficha Técnica:
-Título Original: Lord of Scoundrels
-N° de páginas: 285
-Editora: Arqueiro
-Sinopse: Sebastian Ballister é o grande e perigoso marquês de Dain, conhecido como lorde Belzebu: um homem com quem nenhuma dama respeitável deseja qualquer tipo de compromisso. Rejeitado pelo pai e humilhado pelos colegas de escola, ele nunca fez sucesso com as mulheres. E, a bem da verdade, está determinado a continuar desfrutando de sua vida depravada e pecadora, livre dos olhares traiçoeiros da conservadora sociedade parisiense. Até que um dia ele conhece Jessica Trent... Acostumado à repulsa das pessoas, Dain fica confuso ao deparar com aquela mulher tão independente e segura de si. Recém-chegada a Paris, sua única intenção é resgatar o irmão Bertie da má influência do arrogante lorde Belzebu. Liberal para sua época, Jessica não se deixa abater por escândalos e pelos tabus impostos pela sociedade – muito menos pela ameaça do diabo em pessoa. O que nenhum dos dois poderia imaginar é que esse encontro seria capaz de despertar em Dain sentimentos há muito esquecidos. Tampouco que a inteligência e a virilidade dele pudessem desviar Jessica de seu caminho. Agora, com ambas as reputações na boca dos fofoqueiros e nas mãos dos apostadores, os dois começam um jogo de gato e rato recheado de intrigas, equívocos, armadilhas, paixões e desejos ardentes.
-Nota: |
Obs: Eu sei que ando sumida do blog. Estou com alguns projetos que estão tomando um tempo maior, o que me fez ler menos em maio. Espero, inclusive, trazer novidades legais para vocês em breve. :) Mês que vem tentarei ser mais presente por aqui. ^^
Entendo que muitos elejam “O Príncipe dos Canalhas” como um dos romances históricos mais inteligentes já lançados – e, ao dizer “lançados”, nos referimos a um livro cujo lançamento oficial foi há vinte anos. “O Príncipe dos Canalhas”, vencedor do prêmio RITA de melhor romance histórico, é certamente um livro que dita um ritmo pouco esperado a uma história do gênero. O livro apresenta personagens principais que não hesitam em destilar uma guerra de diálogos aguçados, por vezes ácidos, um contra o outro. Dain e Jéssica são como dois oponentes lutando para encontrarem uma brecha na armadura de cada um.
Dain nunca conheceu qualquer forma de carinho: seu pai o detestava, sua mãe fugiu com um amante e os colegas do internato fizeram de sua vida um inferno. Assim, cresceu como um libertino, rico, decidido a manter suas emoções distantes. Adotou uma personalidade ácida, fria e egocêntrica, até conhecer Jéssica, a irmã de um de seus seguidores mais tolos. Jéssica entraria em sua vida da forma mais abrupta possível, minando tudo que Dain tinha levado anos para construir.
A história começa bem, fisgando o leitor logo nas primeiras páginas. Tudo em excesso, porém, cansa. Para cada palavra ácida de Dain, Jéssica tem um resposta na ponta da língua. A personagem, muito longe de se adequar aos padrões femininos e recatados da época, não se deixa abalar, nem mesmo quando Dain ressalta que pagou um preço caro para usá-la como bem entendesse, pronta para rebatê-lo com outra de suas respostas rápidas. E assim seguimos em quase trezentas páginas. Por mais que os diálogos sejam bons, a ausência de reações mais convictas torna o livro estagnado. Não há sentimentos da raiva, dor ou mágoa – ou melhor, eles existem, mas são esquecidos ao segundo plano, sem serem convincentes, dando espaço ao incansável jogo de gato e rato de dois personagens muito teimosos.
“O Príncipe dos Canalhas”, contudo, nos mostra certas ressalvas interessantes. Vinte anos atrás, personagens densas como Jéssica, que prefere assistir a luta livre, atirar no pretendente e a pular em cima de um ladrão, fugiam a regra – não somente do contexto social da qual a personagem está inserida, mas da época em que a história foi lançada. A presença de uma figura mais marcante, que fosse páreo as incansáveis recusas de Dain, talvez tenha impulsionado à história ao prêmio RITA. Não é ruim, pelo contrário, e personagens assim deveriam ser mais presentes nas histórias de época. Mas faltou o equilíbrio, mais romance e uma química maior – ou até mesmo reações mais fortes entre os dois além das provocações de cada um. Neste quesito, acredito que “O Príncipe dos Canalhas” tenha falhado. Fico, portanto, com o meio a meio, e três estrelas dada ao livro.
Capa original:
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