quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Peça-me o que quiser – Megan Maxwell

image- Ficha Técnica:

- Título Original: Pídeme lo que queiras

- 408 páginas

- Sinopse: Primeiro volume de uma trilogia, Peça-me o que quiser, da escritora espanhola Megan Maxwell, é um romance sobre desejo, paixão e erotismo sem limites. Lançada na Espanha em novembro de 2012, a trilogia é um sucesso de vendas no país, aparecendo em todas as listas de mais vendidos. Com tempero latino e uma abordagem excitante, a autora conta a história da secretária espanhola Judith Flores e seu chefe, o alemão Eric Zimmerman, também conhecido como Iceman: um homem muito sério e com os olhos azuis mais intensos e sexies que ela já viu. Recém-chegado ao comando da empresa Müller, antes dirigida por seu pai, Eric tem uma atração instantânea pelo jeito divertido de Judith e exigirá que ela o acompanhe nas viagens de trabalho pela Espanha. Mesmo sabendo que está se metendo numa situação arriscada, a ideia de estar ao lado de Iceman é irresistível. Com ele, a jovem viverá experiências sexuais até então inimagináveis, em um universo de fantasias eróticas pouco convencionais. Conciliando sexo e romantismo na medida exata, Peça-me o que quiser é uma história de amor cheia de encontros e desencontros, na qual os jogos eróticos, o voyeurismo e o desejo de ultrapassar todos os limites do prazer são os grandes protagonistas.

- Nota: image

Confesso que não tinha pretensões de ler Peça-me o que quiser, tampouco achei que fosse gostar. Comecei a leitura de mente aberta, talvez por isso não tenha me incomodado com o voyeurismo presente na história. Achei que, dentro do contexto, essa foi a melhor parte explorada pela autora. Quanto à construção do enredo, infelizmente não posso dizer o mesmo. A história prende e o relacionamento chega a entreter o leitor, porém a autora exagera e peca em tantos pontos que, no final, já não estava gostando tanto assim da história.

Para começar, a narrativa foi um grande problema. O texto é mal escrito. Peça-me o que quiser é repleto de clichês, mas não soube explorar de forma satisfatória nenhum deles – pelo contrário. As mesmas expressões e cenas aparecem em demasia, o que tornou a leitura arrastada, previsível e cansativa. Mesmo as cenas de sexo são repetitivas. Além disso, os personagens não se sustentam. O texto “apressado” da autora resulta em diálogos por vezes sofríveis e difíceis de acreditar.

As brigas entre o casal foram outro incômodo. Eric, embora um personagem a princípio atraente, trouxe um comportamento bipolar tão mal feito que tirou a credibilidade do personagem. Era quase um padrão saber que, após alguma cena de sexo, ele mudaria de humor de repente e implicaria com alguma besteira tão absurda que devo ter ficado com cara de “sério isso?" muitas vezes. Já Judith é um pouco mais coerente e gostei mais dela. A protagonista é ousada em seus comentários e, referente a outras personagens deste gênero, seu gênio forte e seu jeito mais decidido contaram pontos a seu favor. Não há melindres quanto ao sexo e Judith é bem decidida nessa parte.

O que eu gostei? Por incrível que pareça, do relacionamento deles. A exceção das brigas, Eric é um personagem que a respeita dentro do contexto da história. Em nenhum momento ele a engana sobre o tipo de relacionamento que teriam ou lhe dá falsas esperanças mas, ao mesmo tempo, há um envolvimento sutil entre eles bem explorado. Por isso, quando Eric a apresenta ao mundo do voyeurismo ele respeita o tempo dela para assimilar o que vê e, mais ainda, a decisão dela em querer fazer parte daquilo. E quando Judith decide que não quer algo, ele não a pressiona, embora aos poucos desmembra o mundo dele para ela. Esse tempo em que a personagem leva para aceitar e experimentar a prática foi aceitável e coerente, para mim. Como citado no livro, o importante é que os dois gostem e que curtam a experiência.

Peça-me o que quiser, embora com todos os defeitos, conseguiu me prender até dado momento. Da metade para o final, porém, a autora descamba e sua narrativa parece mais desleixada ainda. O final é previsível que cheguei a revirar os olhos. Não lerei a continuação por enquanto, mas acho uma pena que uma história com premissa interessante não foi explorada como merecia.

Capa original:

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