segunda-feira, 24 de junho de 2013

O Símbolo Perdido – Dan Brown

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- Ficha Técnica:

- Título Original: The Lost Symbol

- 489 páginas

- Sinopse: Depois de ter sobrevivido a uma explosão no Vaticano e a uma caçada humana em Paris, Robert Langdon está de volta com seus profundos conhecimentos de simbologia e sua brilhante habilidade para solucionar problemas. Em O símbolo perdido, o célebre professor de Harvard é convidado às pressas por seu amigo e mentor Peter Solomon - eminente maçom e filantropo - a dar uma palestra no Capitólio dos Estados Unidos. Ao chegar lá, descobre que caiu numa armadilha. Não há palestra nenhuma, Solomon está desaparecido e, ao que tudo indica, correndo grande perigo. Mal'akh, o sequestrador, acredita que os fundadores de Washington, a maioria deles mestres maçons, esconderam na cidade um tesouro capaz de dar poderes sobre-humanos a quem o encontrasse. E está convencido de que Langdon é a única pessoa que pode localizá-lo. Vendo que essa é sua única chance de salvar Solomon, o simbologista se lança numa corrida alucinada pelos principais pontos da capital americana: o Capitólio, a Biblioteca do Congresso, a Catedral Nacional e o Centro de Apoio dos Museus Smithsonian. Neste labirinto de verdades ocultas, códigos maçônicos e símbolos escondidos, Langdon conta com a ajuda de Katherine, irmã de Peter e renomada cientista que investiga o poder que a mente humana tem de influenciar o mundo físico.

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[OFF TOPIC]

Até a metade da história, O Símbolo Perdido foi um livro que me deixou dividida. O argumento explorado no enredo é interessante – a francomaçonaria e a ciência noética –, mas, sinceramente, os temas descritos quase não conseguiram me impulsionar a ler a história até o final. Em alguns momentos gostei do modo como as ideias foram apresentadas, porém não demorou muito e eu já estava achando O Símbolo Perdido uma das leitura mais cansativas e arrastadas desse ano. Principalmente da metade do livro para o final, o autor se estende numa enrolação e ladainha sem fim, o que frustrou qualquer expectativa minha de encontrar uma história ao nível de Ponto de Impacto, Anjos e Demônios ou O Código da Vinci.

Na história, Robert Langdon recebe o telefonema do assistente de seu velho amigo, Peter Solomon, onde o assistente afirma que o mesmo está pedindo sua ajuda para substituir um orador em um evento importante no capitólio. Um pouco contrariado, Robert aceita ao desafio, mas quando viaja para Washington não só percebe que não há evento algum como descobre que Peter, seu antigo amigo, fora sequestrado por um louco denominado Mal'akh, cujas exigências ultrapassavam o crível do absurdo. Ao mesmo tempo, Katherine Solomon é uma cientista que desenvolve pesquisas sobre a ciência noética. Uma de suas buscas traria uma grande revelação à humanidade, mas Mal'akh está decidido a não deixá-la levar seu conhecimento ao mundo. Assim, Robert Langdon e Katherine Solomon entram em uma rede de intrigas e caçadas contra um assassino e pela busca por segredos deixados por Peter.

O começo do livro mostrou-se interessante, mas não gostei do modo como a história foi conduzida ao longo das páginas. Dan Brown quis repetir a fórmula de sucesso mas se esqueceu de trazer inovação e os aspectos que mais agradaram em seus livros anteriores. A narrativa ágil foi deixada de lado, em 200 páginas há dois ou três acontecimentos importantes embasados numa história que se arrasta e, consequentemente, parece que não se desenvolve. O objetivo palpável do sequestrador parece não ter um fundamento mais nítido, pois Dan Brown tenta atiçar o leitor através de uma redoma de mistérios vagos até a metade do livro. O leitor fica sem saber, com precisão, qual o sentido daquela caçada desenfreada do sequestrador boa parte da história. Achei que o autor se estendeu demais nesse lengalenga.

Outro problema foram os próprios personagens. Para mim, dessa vez a protagonista mostra-se mais interessante que o próprio Robert Langdon. O personagem perde aquele caráter interessante, torna-se um chato que questiona a todo momento as informações que recebe. “Você está me pedindo para acreditar nisso? Impossível!” - essa frase repete-se várias vezes ao longo da história. Como o livro mexe com a ideia do poder da mente – abordado pela ciência noética –, Robert Langdon entra em discussões sobre o possível e o improvável, mostrando sempre um lado cético que não condiz com o próprio personagem. Fica um embasamento improvável para um protagonista que enfrentou a ameaça da antimatéria em Anjos e Demônios e decifrou enigmas e uma caçada perigosa em O Código da Vinci.

Senão por isso, a cada duas ou três páginas Robert Langdon divaga em discursos que se repetem a todo instante – seja para bater o pé ao afirmar que não acredita naquelas coisa, seja para explorar o seu momento pseudo-filosófico iluminado, o que muitas vezes significa explicações extremamente banais e desnecessárias. Por mais que Langdon tenha uma boa memória, em alguns momentos o personagem soa artificial com suas explicações históricas na ponta da língua, como se ele tivesse decorado um roteiro já pré-estabelecido em sua mente.

O Símbolo Perdido não foi de todo ruim. O começo conseguiu me fisgar um pouco, Katherine Solomon promove uma caçada de gato e rato em seu laboratório que foi de tirar o fôlego. Também achei interessante o passado do sequestrador; por mais que possa parecer óbvio, eu me surpreendi e fiquei besta ao descobrir qual era sua verdadeira identidade. Os temas também, como já mencionei, foram o principal fator para que desse continuidade a história.

De todos os seus livros, Ponto de Impacto continua sendo minha obra favorita. Tenho grandes expectativas para Inferno, pelas críticas positivas do qual vem recebendo. Porém, infelizmente, O Símbolo Perdido passou longe de me conquistar.

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Um comentário:

  1. Caramba! Confesso que fiquei surpresa ><
    Eu não acho Dan Brown isso tudo... mas justamente porque ele repete a fórmula consagrada em todos os seus livros... pena que dessa vez não tenha funcionado tão bem...
    Ainda assim, quero ler esse livro!

    Beijos,
    Nanie

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