domingo, 19 de abril de 2015

A Rainha Normanda – Patrícia Bracewell

image

- Ficha Técnica:
- Título original:
Shadow on the crown
- N° de páginas: 392
- Editora: Arqueiro
- Sinopse: Em 1002, Emma da Normandia, uma nobre de apenas 15 anos, atravessa o Mar Estreito para se casar. O homem destinado a ser seu marido é o poderoso rei da Inglaterra, Æthelred II, muito mais velho que ela e já pai de vários filhos. A primeira vez que ela o vê é à porta da catedral, no dia da cerimônia. Assim, de uma hora para outra, Emma se torna parte de uma corte traiçoeira, presa a um marido temperamental e bruto, que não confia nela. Além disso, está cercada de enteados que se ressentem de sua presença e é obrigada a lidar com uma rival muito envolvente que cobiça tanto seu marido quanto sua coroa. Determinada a vencer seus adversários, Emma forja alianças com pessoas influentes na corte e conquista a afeição do povo inglês. Mas o despertar de seu amor por um homem que não é seu marido e a iminente ameaça de uma invasão viking colocam em perigo sua posição como rainha e sua própria vida. Baseado em acontecimentos reais registrados na Crônica Anglo-saxã, A rainha normanda conduz o leitor por um período histórico fascinante e esquecido, no qual fantasmas vigiam os salões do poder, a mão de Deus está presente em cada ação e a morte é uma ameaça sempre à espreita.Governando na época compreendida entre o rei Artur e a rainha Elisabeth I, a rainha Emma é uma heroína inesquecível cuja luta para encontrar seu lugar no mundo continua fascinante até hoje.

Nota: image

A Rainha Normanda, de Patrícia Bracewell, traz ao leitor uma trama ambientada no ano de 1002, narrando a história de Emma, uma jovem normanda que se vê em meio a um embate político delicado. Baseado nas Crônicas Anglo-saxã, “A Rainha Normanda” é um desses livros envolventes que retrata, mesclando ficção e realidade, os acontecimentos de figuras importantes de um período histórico.

Aos quinze anos de idade, Emma nunca imaginou que acabaria tomando o lugar da irmã para se casar com Æthelred II, o rei da Inglaterra. O que era para ser um acontecimento importante em sua vida, torna-se seu pior martírio: a nova rainha precisará enfrentar inimigos na corte – incluindo a amante de seu marido. Além disso, será necessário conquistar a confiança dos filhos de Æthelred II, que não hesitam em demonstrar o rancor que sentem por ela. O rei, por sua vez, é um marido bruto que não confia nela.

Emma lutará com todas as suas armas para driblar os perigos de sua nova vida, mas uma paixão inesperada colocará em risco sua posição como rainha: Athelstan, o filho de Æthelred II, é um rapaz atraente e atencioso. O que começa como uma aproximação com intenções de se embrenhar nos planos de Emma, termina em uma paixão que nenhum dos dois conseguirá resistir. Entretanto, resta o dilema: Emma colocará sua posição como rainha em risco, por conta de um amor proibido?

Em “A Rainha Normanda”, as intrigas políticas no castelo tecem uma trama repleta de incertezas.  A influência da corte e as pessoas a sua voltam exercem um peso sobre o modo de vida de Emma, e logo a jovem pueril – usada como peão entre o irmão e o marido – amadurece, cedendo espaço para uma mulher forte e determinada, que entrará na disputa pelo poder. Entretanto, o romance com o filho de Æthelred II abala suas estruturas.

O caminho de Emma é decidido somente nos momentos finais da trama. Assim, acompanhamos seu conturbado relacionamento com o rei, com a corte e com os filhos de Æthelred II. Emma também enfrenta um sequestro político que a aproxima de Athelstan, deixando sua situação ainda mais complicada. A rainha, entretanto, reluta em aceitar a paixão que nutre pelo filho do rei, e lutará com afinco para afastar esse sentimento.

Apesar do romance ser um forte atrativo, a relação entre os dois parece pouco explorada. Encontros breves, flertes com olhares mais ousados, mas nada que nos dê o vislumbre de uma paixão forte – pelo contrário. No primeiro empecilho após se envolver com Athelstan, Emma usa da sensatez e não se deixa levar pelo atraente e gentil filho do rei. Assim, sua paixão parece tão passageira quanto um piscar de olhos.

De qualquer modo, “A Rainha Normanda” é uma história envolvente,  retratando personagens bem construídos em uma trama tensa, apoiada em dados reais de uma pesquisa minuciosa feita pela autora. Patrícia Bracewell tem uma escrita envolvente, fluída, o que nos faz virar páginas e mais páginas em poucas horas. Como a própria autora escreve no final do livro, ainda há muito o que contar sobre a história da rainha da Inglaterra. Acredito, portanto, que a continuação, ainda sem data para publicação no Brasil, nos dará o gostinho de uma reviravolta interessante na história – tanto política quanto romântica. Resta a nós aguardarmos ansiosos por isso.

Capa original:

image

image

 

2 comentários:

  1. Gostei!
    Parece ser meu tipo de leitura histórica.
    Bjs

    ResponderExcluir
  2. Sabe, eu adoro, sempre adorei, História. os Romances históricos estão entre os meus preferidos, mas sei lá, quando se trata de um personagem real prefiro livros de não-ficção e não os romanceados. A história da personagem parece ser muito boa e o livro deve ser bem interessante mas ele está na minha fila do "talvez".
    Mas adorei a capa! :D

    bjs

    Thaís

    ResponderExcluir

Obrigada pela visita, de sua opinião, ela é muito importante!

- Caso tenha uma pergunta deixe seu e-mail abaixo que respondo assim que o comentário for lido.
- Se você quiser deixar seu endereço de blog ou site, comente usando a opção OpenID. Comentários com URL não serão mais aceitos.
- Caso sua mensagem não tenha relação com o post, envie sua mensagem pela opção contatos no menu do blog.
- Comentários ANÔNIMOS não serão mais aceitos. Use a opção Nome/URL