quarta-feira, 20 de julho de 2011

Identidade Roubada – Chevy Stevens

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- Ficha Técnica:

- Título Original: Still Missing

- 255 páginas

- Sinopse: Era para ser um dia como outro qualquer na vida de Annie O’Sullivan. A corretora de imóveis levanta da cama com três objetivos: vender uma casa, fazer as pazes com a mãe e não se atrasar para o jantar com o namorado. Naquele domingo, aparecem poucas pessoas interessadas em visitar o imóvel. Quando Annie está prestes a ir embora, uma van estaciona diante da casa e um homem sorridente vem em sua direção. A corretora tem certeza de que será seu dia de sorte. Mas o inferno está apenas começando. Sequestrada por um psicopata, Annie fica presa durante um ano inteiro em um chalé nas montanhas, onde vive um pesadelo que deixará marcas profundas.

- Nota:  image

Acho que até agora estou sem palavras para o livro. Portanto, não estranhem se a resenha sair ruim.

Gosto de ler um livro polêmico, um que mexa com questões de compreensão da mente humana, e, juntado isso com suspense policial (é meu segundo gênero favorito depois do “romance romântico”.) não pensei duas vezes.  Portanto, mesmo sabendo que Identidade Roubada não é o gênero que costumo resenhar aqui no blog, resolvi me arriscar a ler. E quando comecei, simplesmente não conseguia parar. Só parei porque precisava dormir, mas de manhã lá estava eu, com o livro na mão.

Annie é corretora de imóveis, e tudo ia bem no seu dia. Até que um cliente inesperado aparece, interessado na casa. A descrição nos faz pensar em até alguém bonito. Loiro, alto, sorriso simpático… Em poucos segundos, Annie estaria prestes a entrar em um inferno que duraria um ano.

Sequestrada por quem ela chama de “Maníaco”, levada para um chalé, Annie passa a viver em cativeiro. Os sentimentos são tantos, que estão sempre conflitando dentro dela. A indignação, depois a rendição, quando vários meses se passam e ela se dá conta que não será resgatada tão cedo. As vezes os dois sentimentos chegavam ao mesmo tempo, se misturando, transbordando, fazendo a personagem entrar em um estado de não poder mais suportar aquilo. Todas as cenas, seja ela a tortura física ou psicológica, são descritas detalhadamente, de modo que é impossível você não sofrer junto com a personagem. São coisas como estupro, surras e terror mental. Confesso, foi uma tênue linha para eu não chorar em certa parte. O Maníaco era cruel, psicótico, sentia prazer no medo, achava que eles seriam felizes juntos. Eles teriam um filho, e viveriam longe da “civilização podre e suja”. Era doente.

Falando sobre a mente humana, somos levados a uma possível “justificativa” (sempre entre aspas, óbvio) a personalidade do Maníaco, do porque ele ser assim. A infância maluca, a mãe usando ele, as mesmas manias que sua mãe o obrigava a fazer, que ele então praticava com Annie… Ela jamais podia ir ao banheiro sem horários, as unhas deveriam estar sempre limpas, ela só poderia comer e beber quando ele mandasse; se a água da louça esfriasse, ela era obrigada a lavar de novo, entre outras coisas. Quando ela desobedecia, o castigo extrapolava o limite do absurdo.

A idéia de como possivelmente alguém poderia voltar a rotina normal, depois de um trauma desses, é apenas um ponto do livro. Annie passa a fazer terapia, tenta, aos poucos, parar de dormir no closet ou olhar as janelas sempre antes de dormir.

Mas o livro não se limita só a isso, em certo momento o jogo vira, e torna-se um ótimo suspense policial. Quando você pensa que terminou, que logo chegará o final feliz…lá vem mais bomba! E é aí que temos um suspense que deixa você preso até as últimas páginas. Quem era aquele homem? Será que ele estava sozinho? Havia mais alguém por trás? As investigações correm. Você sofre junto, você se revolta, você tem vontade de entrar no livro e dar uns tapas (acha que é pouco) em certo personagem, e… você é surpreendido de novo.

A minha única crítica, (e nem chega a ser crítica), é a repetição da expressão ”Que droga!” ou “Que merda!” a cada segundo, quando a autora poderia ter substituído por outras expressões de vez em quando para não soar tão repetitivo. Mas é só. Para quem gosta de um bom suspense policial, uma leve, mas muito leve pitada de romance,  é recomendadíssimo. É um 5 estrelas, definitivamente.

Identidade Roubada” é lançamento da Editora Arqueiro. Abaixo, a capa americana:

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Onde comprar:

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