quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A Rebelde - Hannah Howell


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Reckless


Ágata achava impossível evitar o casamento que seu tio lhe arranjara, com um pretendenteF detestável, até ser seqüestrada pelo maior inimigo de sua família.  Agora ela se encontrava à mercê de um homem implacável, cujo coração fora transformado numa pedra de gelo pela mágoa e pela dor.

Lorde Alexander MacDubh estava na Escócia para reivindicar a guarda de seus sobrinhos, frutos do amor proibido entre seu irmão e uma das jovens MacFarlane.  E vislumbrou na bela Ágata a oportunidade de vingar-se do sórdido inimigo que arruinara sua família.  A beleza e o temperamento rebelde de Ágata o faziam vibrar de desejo, tornando a vingança mais doce que nunca.  Mas a paixão seria suficiente para aplacar o tormento do passado e romper as correntes que aprisionavam seu coração?

Em geral, eu adoro os livros da Hannan Howeel. Acho seu jeito de escrever relativamente simples, e talvez por esse motivo seja cativante. Os personagens nem sempre possuem aquela paixão explosiva logo no começo, o que confere a descrição do livro A Rebelde. Além do que o tema aqui é seqüestro por vingança, tema que qualquer leitora familiarizada com romances de banca conhece (e diga-se de passagem, muito bem!)

Fiquei com pena de Ágata, a pobre sofre logo no começo do livro, pois sempre viveu numa família que mais parece um covil de cobras. Ela está prometida a um MacCordy, que tudo o que deseja é desfrutar de seu corpo. Este, no começo pensei se tratar de um mero coadjuvante, mas Donald mostrou-se um excelente vilão (sim, vocês entenderam, excelente!). Sua sede pelo poder é tanta que não mede esforços para conseguir o que quer (spoiler: Em um dado momento, ele tenta tirar o bebê que está nascendo em Ágata, mas é impedido pelo primo. Outra cena que mostra sua maldade é quando ordena que a própria Ágata chicoteie Alexander, o homem que a havia seqüestrado, mas que depois ela se apaixonara)

Ao descobrir sobre seus sobrinhos, Alexander sai em busca deles, e se depara com nada menos que Ágata, a sobrinha de seu destestável inimigo. Ele não pensa duas vezes ao torná-la sua prisioneira e fazer dela sua tentativa de vingança contra os MacFarlane. 

O livro conta também com a participação de vários personagens secundários. Os sobrinhos são uma graça, há também os homens de Alexander, e não tão menos importante é claro, temos Jaime, um quase “anjo da guarda” de Ágata.

Abaixo, segue um trechinho. Achei um dos mais bonitos do livro:

Quando o avistou, seu coração apertou-se dolorosamente e soube que podia enfrentar mais frieza e mais insultos se isso diminuísse o sofrimento dele. Alexander estava ajoelhado dian­te de uma pequena lápide e havia ramos secos de alfazema sobre a grama marrom. Suas mãos se entrelaçavam sobre o joelho; tinha a cabeça baixa e o vento frio agitava os cabelos dourados. Quando ela chegou perto, ele olhou-a e, ágil, se pôs em pé. A princípio seu olhar não foi de boas-vindas, depois se suavizou.
— Deixaram que você saísse de Rathmor — quis saber — e ninguém a acompanhou?
— Sim. Para onde eu iria? Para Donald, que descontaria sua fúria em mim? Ou para meu tio, que me diria que o cobri de vergonha?
— Quer dizer que nunca tentará ir embora?
— Eu nada ganharia com isso.
Ela olhou para a lápide de pedra que tinha gravados alguns ramos de alfazema e o nome Elizabeth sob o qual se lia: "A amada filha de Alexander: um pequeno anjo cuja memória vi­verá para sempre no coração do seu pai".
— Sua filha…
— É. Ouviu sobre ela?
— Não foi preciso habilidade ou astúcia. Não é segredo.
— Não… — ele empurrou um ramo de alfazema com o pé. — Ela adorava o cheiro da alfazema.
— E esta é das boas, seu perfume não é muito forte nem muito doce. — Ágata procurou o que dizer. Por fim, sem des­viar os olhos dos dele, disse, baixinho: — Não pretendo pôr outra criança no lugar dela.
— Nem conseguiria.
— Eu sei.
— Sabe? Alguém pode saber o que é enterrar uma filha se nunca perdeu uma?
— Não, provavelmente não. — Ela colocou as mãos sobre o ventre. — E, se isso agradar a Deus, espero nunca saber.
Alexander olhou para as mãos dela, depois colocou a sua por cima. Seus olhares se encontraram. Por um breve e intenso momento, Ágata soube que eles estavam de acordo, como se houvessem encontrado um caminho comum. Pela primeira vez sentiu uma esperança verdadeira.
E rezou para não estar enganada.


2 comentários:

  1. Ai, socorro. Estou meio que apaixonada - antes pelos romances históricos e agora pelos de banca. Juntou os dois, danou-se tudo.
    Adorei a resenha. A história me interessou!

    Beijos!

    (Comprei outro da Julie Garwood, contemporâneo. Doidinha pra ler!)

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  2. Lilian e sua paixão pela Julie Garwood! (olhe quem está falando, hehe!). Mas Lilian, se vc puder, leia esse livro. Vale muito a pena!

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