- Ficha Técnica:
- Título Original: The Black Count
- N° de páginas: 496
- Sinopse: Existe uma história real por trás da obra-prima de Alexandre Dumas. Um homem de carne e osso inspirou o escritor francês a criar o personagem Edmond Dantès, de O conde de Monte Cristo, e também os três mosqueteiros. Seu nome era Alex Dumas, um fascinante e destemido cavaleiro mulato e pai de Alexandre, o romancista. Vencedor do Prêmio Pulitzer de Biografia, Tom Reiss narra de maneira primorosa a vida um dos grandes heróis de todos os tempos, um homem hoje quase desconhecido, mas com uma história pessoal curiosamente familiar. Nascido na colônia francesa de Saint-Domingue, em 1762, filho de um aristocrata sem escrúpulos, o marquês de la Pailleterie, e uma escrava negra, Marie Cessette Dumas, Alex era apenas um menino quando seu pai o vendeu para poder pagar a viagem de volta à França. Depois de seis meses, no entanto, o marquês o tirou do cativeiro e o levou para a França, onde ascendeu ao comando de um exército de mais de 50 mil homens no auge da Revolução Francesa — até conhecer um inimigo implacável que não podia derrotar: Napoleão Bonaparte
Nota: |
O Conde Negro não é um livro de ficção, mas a história narrada por Tom Reiss ganha ares de uma história fictícia: traições, lutas e um dos melhores comandantes do exército, que rapidamente ascendeu ao seu apogeu na guerra: Alexandre Dumas. Seu filho, famoso por obras como “O Homem da Máscara de Ferro” e “Os Três Mosqueteiros”, compartilhou com orgulho – e certo toque poético –, os feitios de seu pai. Não foram muitos as observações feitas por Dumas, mas o suficiente para Tom Reiss tecer, junto a uma série de pesquisas minuciosas, a história de Alexandre Dumas, o pai.
A narrativa de Tom Reiss, muitas vezes, ganha um toque destinado as histórias de aventura. Reiss é minucioso, mas longe de ser cansativo. O autor explora, primeiramente, o contexto da época, abordando fatos históricos essenciais para entendermos os eventos que precederam a escravidão. Partindo dos primórdios, em que brancos eram escravizados, e, mais tarde, passando a escravização dos negros, inserindo-os em leis rígidas e bizarras, de modo a diminuirem-no como seres humanos. Reiss define para o leitor um excelente contexto, para só então nos aprofundarmos na história pessoal de Alexandre Dumas.
Para quem não conhece a história de vida do pai de Dumas, paro por aqui. Não quero ser aquela a tirar o prazer de uma leitura que, para mim, foi de um enriquecimento histórico valioso. Muitas das histórias criada por Dumas foram inspiradas nas próprias aventuras do pai, e Reiss não hesita em traçar um paralelo entre elas. “O Conde Negro” foi uma das melhores leituras que tive o prazer de ler este ano.
Capa original:
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