quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A Viajante do Tempo – Diana Gabaldon

image - Ficha Técnica:

- Título Original: Outlander

- N° de páginas: 800

- Sinopse: Em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a enfermeira Claire Randall volta para os braços do marido, com quem desfruta uma segunda lua de mel em Inverness, nas Ilhas Britânicas. Durante a viagem, ela é atraída para um antigo círculo de pedras, no qual testemunha rituais misteriosos. Dias depois, quando resolve retornar ao local, algo inexplicável acontece: de repente se vê no ano de 1743, numa Escócia violenta e dominada por clãs guerreiros. Tão logo percebe que foi arrastada para o passado por forças que não compreende, Claire precisa enfrentar intrigas e perigos que podem ameaçar a sua vida e partir o seu coração. Ao conhecer Jamie, um jovem guerreiro escocês, sente-se cada vez mais dividida entre a fidelidade ao marido e o desejo. Será ela capaz de resistir a uma paixão arrebatadora e regressar ao presente?

- Nota: image

Uma das melhores notícias, para mim, foi sobre o relançamento da série “Outlander” pela editora Saída de Emergência. A história de Claire e Jamie é construída mediante a um enredo denso, carregado de paixão, batalhas, injustiças e sacrifícios. Personagens consistentes são apresentados em uma trama histórica que aflora emoções intensas em qualquer leitor. Somos interligados aos protagonistas através da dor e do medo, da perda, do ódio e, principalmente, do amor.

Reutilizando minhas palavras para explicar o enredo - quando este se tornou uma série de TV no começo de agosto -, A Viajante do Tempo “retrata as peripécias de Claire ao atravessar um portal que a leva para o passado. Presa no período da revolução jacobita, duzentos anos antes de seu tempo, a protagonista terá que conquistar a confiança daqueles que lutam contra a Inglaterra, além de passar por provações para se adaptar àquele novo mundo. Claire também não esperava se apaixonar por alguém como Jamie Fraser, um jovem escocês que precisou de seus cuidados. A atração mútua faz com que Claire e Jamie se tornem próximos, levando-a a enfrentar seus próprios sentimentos em relação a sua vida anterior.”

A primeira vez em que li A Viajante do Tempo, foi em 2012, com a versão da editora Rocco. Agora, dois anos depois, minha releitura divergiu de algumas impressões que tive daquela vez – principalmente com relação ao estilo da autora. Não nego que, para mim, Diana Gabaldon, algumas vezes, ainda exala um texto prolixo – especialmente em cenas, dentro de 800 páginas, que parecem descritivas demais em momentos que clamam por mais ação. Detalhes minuciosos sobre o tempo e sobre a paisagem; as longas conversas sobre os modos de surrar alguém, punições e torturas…. ao mesmo tempo em que tal característica insere o leitor numa trama rica, faz também com que determinadas partes se tornem um tanto enroladas. Confesso, porém, que em minha releitura esses momentos foram quase ínfimos – principalmente pela construção da história e pela narrativa envolvente da autora.

Claire e Jamie são, certamente, um dos casais mais apaixonantes da literatura histórica. O romance ultrapassa a mera descrição de cenas de paixão comumente lidas em romances do gênero. Jamie é intenso, o rapaz se entrega sem ressalvas ao amor que sente por Claire. Para mim, foi um personagem que ressalta a áurea de um menino jovem que, devido a tantas provações, cresce como um homem na trama, mas sem abandonar certo traço pueril. Claire, inteligente e madura, é uma enfermeira que utiliza seus dons para curar as pessoas daquele século. Os dois demonstram o mais terno sentimento de carinho – as vezes com tamanha veemência que a narrativa nos tira o fôlego. Um amor muito especial, retratado de forma intensa e, ao mesmo tempo, delicada.

A Viajante do Tempo transborda em um alicerce histórico rico, levando-nos a conhecer melhor o período ambientado no livro. Muitos personagens secundários são movidos por ambições e interesses pessoais em meio ao contexto da época, o que influencia o cursor da história dos protagonistas. Atravessando belas paisagens escocesas, Jamie e Claire enfrentam o sádico capitão inglês Jonathan Randall, lutam pela sobrevivência quase diária e passam por terríveis situações, levando-os do céu ao inferno em poucas páginas. Ao mesmo tempo em que o leitor compartilha o sentimento de júbilo, em muitas encontra dor e sofrimento para os personagens da trama.

Apesar de algumas ressalvas, A Viajante do Tempo é uma ótima leitura, com uma história maravilhosa. Estou curiosa pela continuação, que, segundo a editora Saída de Emergência, tem previsão para sair no final deste ano. Depois de tantos anos de negligência da série no Brasil com a editora Rocco, os livros agora finalmente terão a devida atenção merecida. Leitura mais do que recomendada para os amantes de romances históricos.

Capa original:

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3 comentários:

  1. Oi, Bruna,

    Eu fiquei muito empolgada quando a Saída de Emergência anunciou a compra dos direitos, por que a cada resenha que lia ficava mais interessada pelo livro e apaixonada pelo Jamie e nada de conseguir o livro, agora já tenho aqui na minha estante rs.

    Adorei a resenha !!!

    Abraços
    Lu Apaixonada por Romances Numa oportunidade, passa lá e me visita... Comente!

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  2. Oi!
    Então, finalmente comecei a ler Outlander. Estou gostando, apesar de estar beeem no comecinho. O único porém, até agora- que vc falou na resenha ( e nós comentamos no Twitter) é isso da autora "enrolar" um ´cadinho em determinados momentos. Achei que demorou muito para ela finalmente fazer a "viagem" e enfim o livro "começar" verdadeiramente, sabe?
    De todo modo, estou gostando. Só não sei qdo conseguirei terminar.

    bjs!
    Thaís

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  3. Bruna, Diana é a minha mais nova autora preferida e Jamie e Claire, o casal mais apaixonante da literatura histórica. Amei A Viajante do Tempo com suas quase 800 páginas rsrs Quando terminei queria mais ;-)

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