domingo, 23 de fevereiro de 2014

A garota que você deixou para trás – Jojo Moyes

image- Ficha Técnica:

- Título Original: The Girl You Left Behind

- 379 páginas

- Sinopse: Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem pintor francês Édouard Lefèvre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados alemães, Sophie apega-se às lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard. Quando o quadro chama a atenção do novo comandante alemão, Sophie arrisca tudo — a família, a reputação e a vida — na esperança de rever Édouard, agora prisioneiro de guerra. Quase um século depois, na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa com paredes de vidro. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, presente do seu marido pouco antes de sua morte prematura, a mantém ligada ao passado. Quando Liv finalmente parece disposta a voltar à vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Ao mergulhar na história da garota do quadro, Liv vê, mais uma vez, sua própria vida virar de cabeça para baixo. Tecido com habilidade, A garota que você deixou para trás alterna momentos tristes e alegres, sem descuidar dos meandros das grandes histórias de amor e da delicadeza dos finais felizes.

- Nota: clip_image004

Não costumo ler livros cujo contexto histórico se passe ou envolva, de algum modo, a primeira guerra mundial. Períodos como estes são muito tristes, e particularmente não gosto muito. O tema, porém, chamou minha atenção para um enredo bem desenvolvido, que aborda, como argumento principal, a esperança em meio a um cenário caótico. No período da guerra, a personagem Sophie Lefévre nunca desistiu de se reencontrar com seu marido, e passa por momentos sofríveis e angustiantes, apoiada na esperança, para encontrá-lo. Já no ano 2000, Liv Halston tenta exaustivamente vencer, nos tribunais, uma acusação de posse inapropriada de um antigo quadro que seu falecido marido lhe dera de presente. 

São duas histórias que se entrelaçam de maneira suave. As duas personagens seguem uma jornada onde acreditam em ideais e transmitem essa força a cada capítulo. Mesmo quando todos se voltam contra elas, – e estes são os momentos mais difíceis do trajeto de cada uma – Liv e Sophie passam uma mensagem de fé e esperança, sem abandonar aquilo em que acreditam. A sacada da autora está em trabalhar o lado emocional, que por vezes abalado, nos passa a sensação de personagens humanas, em que conseguimos nos identificar. Ou seja, mesmo acreditando em um objetivo, elas não deixam de se sentirem oprimidas, tristes e feridas por dentro e por fora. Compartilhamos parte da dor e do sofrimento de cada uma, porém, as duas também demonstram um lado guerreiro persistente.

Para contar a história de duas épocas diferentes, Jojo Moyes faz uma salada mista em sua narrativa. Há momentos contados em primeira pessoa, terceira, depois lembranças de personagens secundários – e, também, cartas narradas por terceiros. Além disso, não há um segmento definido para o pulo no tempo. Quando menos se espera, a autora fecha uma passagem e volta para os acontecimentos do passado, e vice versa. Em relação ao estilo narrativo, confesso que demorei a me acostumar – principalmente porque não sou muito fã desse gênero de idas e vindas. Já os pulos no tempo de maneira aleatória, penso que a autora tenha feito propositalmente para atiçar o leitor nos momentos mais decisivos de cada história. Quem está lendo é levado pelo desejo de saber o que acontecerá nas últimas páginas – desfecho este que surpreende pelas reviravoltas de última hora.

O romance é uma abordagem sutil na história que se passa na primeira guerra mundial. Sophie descreve lembranças de sua vida com o marido, os momentos felizes, e mostra como ela se agarra a esses momentos do passado para tomar uma difícil decisão. No ano 2000, cem anos depois, Liv é dona de um quadro que retrata o rosto de Sophie. Ela é levada aos tribunais, pois uma família alega que o quadro fora roubado por nazistas e que, por isso, não era direito de Liv tê-lo. Nesta briga judicial, Liv se vê em uma disputa com ninguém menos que Paul, o advogado com quem ela se envolvera sem saber sua identidade. Aqui, o romance é mais acentuado, dedicando bons momentos ao casal.

Acho difícil a autora escrever qualquer outra obra que me comova tanto quanto Como eu era antes de você, mas A garota que você deixou para trás é uma ótima pedida para quem já está familiarizado com sua narrativa que mistura o drama acentuado, cheia de trajetos espinhosos para seus personagens. Ao mesmo tempo, suas histórias trazem diferentes lições a serem absorvidas. Para aqueles que temem um final triste – só digo para darem uma chance ao livro. Prometo que não vai decepcionar. ;)

Capa original:

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2 comentários:

  1. Esse livro é emocionante! Linda história de amor e amizade!!! Amei!!!! Quer ainda vai ler, não vai se arrepender!

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  2. Esse livro é emocionante! Linda história de amor e amizade!!! Amei!!!! Quer ainda vai ler, não vai se arrepender!

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