segunda-feira, 13 de maio de 2013

Dália Azul – Nora Roberts

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- Ficha Técnica:

- Título Original: Blue Dahlia

- 375 páginas

- Sinopse: Stella Rothchild tem compulsão por planejar tudo em sua vida, o que, segundo ela própria, a mantém longe de imprevistos. Quando se apaixona perdidamente, o leitor verá a luta dela para evitar ir contra tudo que sempre defendeu. O livro começa com a morte repentina do marido da protagonista e sua mudança, com os dois filhos, de Michigan para Memphis. Ela vai morar na misteriosa Harper House onde trabalhará como responsável pelo famoso e enorme viveiro de plantas. Na mansão centenária, mora a severa Roz Harper e também a assombração da Noiva Harper, que anda pelos corredores cantando canções de ninar. Depois de um período de luto, Stella reencontra a felicidade em sua nova casa e seu trabalho, e descobre em Roz uma ótima amiga. Quem também fará parte de sua vida é o designer Logan Kitridge, que ela odeia no primeiro momento, pois é a sua antítese: vive no caos, é impulsivo e não planeja o futuro. Com o tempo, a tensão torna-se admiração e amor. O único problema: a Noiva Harper não suporta a felicidade alheia. Dália Azul traz um mistério bem-elaborado, aliado a personagens que agradarão demais os leitores. Ao longo da trama, apenas pequenos detalhes da Noiva Harper são divulgados, deixando a história ainda mais instigante.

- Nota: image

Dália Azul é o primeiro livro da trilogia das flores, onde Nora Roberts apresenta ao leitor três mulheres envolvidas pelo laço de amizade além de desenvolver um romance gostoso e divertido. A autora nos envolve com traços leves do romantismo, uma dose de bom humor, um toque sobrenatural e claro, o universo das flores.

Stella perdeu o marido e precisa de um novo recomeço. Três anos depois ela força a si mesma a largar o luto e seguir em frente, mudando-se, junto aos filhos, para a cidade onde nasceu. Lá, ela procura um emprego como gerente em “No Jardim”, a empresa de jardinagem de Roz, uma mulher madura e de pulso firme. Entretanto, Stella não demora muito para conquistar a confiança de Rosalind, instalando uma amizade sólida entre as duas. Rosalind lhe oferece a Mansão Harper para morar enquanto passava pelo seu período de adaptação.

O emprego parecia excelente e Roz adorava suas ideias e mudanças para melhorar o sistema de sua empresa. Porém, Logan, o paisagista da empresa, era o único empecilho em seu caminho. O homem marrento e muito bonito não seguia suas regras, reclamava de seu controle sobre os produtos e discutia seus métodos sempre que se encontravam. A antipatia é certa, porém há algo mais que começa a se desenvolver na relação entre os dois.

Em Dália Azul, os personagens secundários são quase tão importantes quanto Stella e Logan. Todos estão conectados de algum modo à mansão Harper, ou porque já viveram ali no passado, ou porque ainda vivem, ou – como Logan –, já visitou a mansão quando era criança. Por este motivo, quase todos já viram ao menos uma vez a Noiva Harper, a fantasma que a assombra o local por mais de cem anos. Ela parece gostar de crianças já que canta para os filhos de Stella quase todas as noite, porém é avessa a qualquer presença masculina que ela entenda como uma ameaça. Ligados a essa estranha aparição, os personagens se juntam para descobrir mais sobre esse mistério junto ao romance.

Dália Azul traz uma mensagem sobre recomeços e uma nova chance para encontrar o amor. Achei o livro uma graça. É levinho, para quem procura um romance meio água com açúcar dentro de um ambiente super descontraído e prazeroso. Os personagens são agradáveis; esbanjam simpatia e bom humor em diálogos gostosos e por vezes divertidos, especialmente quando o assunto era os filhos de Stella. O relacionamento dela com os filhos traz um gostinho doce à história; Gavin e Luke são tão fofos e espontâneos que conseguiram roubar a cena cada vez que apareciam no livro.

Eu gostei do modo como ela trabalhou o sobrenatural. A autora encaixa o tema de maneira natural, sem grandes holofotes, porém conseguiu cumprir sua proposta. As aparições da fantasma deixam o leitor numa leve tensão, principalmente nas últimas páginas onde a assombração torna-se mais acentuada. Mas no geral, ficamos com a impressão de que Dália Azul é apenas uma breve introdução ao tema, deixando para o leitor uma passagem mais superficial que será explorado nos próximos livros. Para mim foi num tom ideal, pois não sou muito fã desse tema quando o propósito é causar aflição ou terror.

Dentro da atmosfera romântica, a autora brinca com a ideia de opostos. Logan é meio marrento mas mostra logo de cara seu jeito divertido e sua conexão com os filhos de Stella. Porém, ao contrário da gerente, ele é mais relaxado e segue com a vida de maneira mais dinâmica. Já Stella é mais centrada e precisa fazer uma lista para tudo, do contrário a personagem entra num conflito interior com ela mesa. É preciso listas, tabelas, ter longas conversas de planejamento, pensar mil vezes antes de dar um salto no relacionamento… no final do livro já estava achando Stella insuportável com essa organização e insegurança, o que pra mim prejudicou um pouco a leitura. Reclamar das atitudes que Logan tomava e seu medo de se relacionar quase até as últimas páginas  me pareceu um pretexto para estender o conflito interno da personagem mais do que o necessário. É Logan, com muita dose de paciência, quem consegue salvar esses momentos maçantes no livro.

O universo das flores pode tanto ser um ponto positivo quanto negativo, dependendo do leitor. São muitos os termos que para leigos tornam o livro um tanto quanto enfadonho por ser detalhista demais. O meu conhecimento sobre jardinagens é extremamente limitado e, confesso, não é uma tema que me atraia tanto, mas para o leitor que tenha certa paixão sobre o assunto… bom, acredito que o livro agradará bastante aos amantes do tema.

Em geral, é um livro agradável e despretensioso, com aquele ar de romance gracinha, ótimo para encaixar depois de uma leitura mais pesada ou simplesmente para aqueles que buscam uma leitura leve. Em Dália Azul a autora nos mostra o que acontecerá nos próximos volumes e a história de Harley e Harper, o lançamento deste mês da Bertrand em Lírio Vermelho, foi o que mais me chamou atenção.

Capa Original:

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                             Bruna Britti

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