sábado, 27 de abril de 2013

O Duque e Eu – Julia Quinn

image- Ficha Técnica:

- Título Original: The Duke and I

- 282 páginas

- Sinopse: Simon Basset, recém-nomeado duque de Hastings, está prestes a pedir a mão de Daphne Bridgerton em casamento. Daphne é irmã de seu melhor amigo e quase uma solteirona, mas somente eles dois conhecem a verdade... Tudo não passa de um plano, com dois intuitos: proteger o charmoso duque dos avanços das moças solteiras e aumentar as chances de Daphne de conseguir um bom partido, depois de ter sido cortejada por um duque.
No entanto, enquanto Daphne valsa pelo salão de baile nos braços de Simon, fica difícil se lembrar de que aquele romance é apenas uma encenação. Daphne não tem certeza se é o sorriso sedutor de Simon, ou se é o jeito como ele olha para ela, mas a verdade é que ela está se apaixonando... de verdade! E agora, ela precisa fazer o impossível para convencer o atraente duque de que o plano que ambos tão bem arquitetaram merece uma ligeira alteração, e que talvez os dois descubram que pode ser bem melhor e eficaz se a farsa se transformar em realidade...

- Nota: clip_image004

O Duque e Eu é meu livro de estreia com relação à Julia Quinn. Gostei da forma como ela escreve, de maneira leve, solta, apostando em diálogos jocosos e uma relação familiar engraçada e fofa. Não dá para ler mais de algumas páginas sem começar a sorrir bobamente com os irmãos Bridgerton ou ficar envolvida na relação romântica entre Simon e Daphne. Além da construção suave, a autora consegue encaixar um drama que torna a história mais bonita e encantadora.

Fofocas londrinas, artigos sensacionalistas, tabus, mães desesperadas para casarem seus “rebentos” e festas da alta sociedade lembram e muito aquela atmosfera retratada por Jane Austen em suas obras literárias. Tudo abordado de um modo meio sarcástico, daqueles que claramente provoca. Não é atoa que comparações são feitas e acho que, neste caso, é merecido que Julia Quinn carregue a fama de “Jane Austen contemporânea”, com sua abordagem pra lá de descontraída das convenções sociais da época. É gostosa sua narrativa onde os diálogos são mais acentuados; destacam-se mais do que a descrição de cenários ou pensamentos internos dos personagens.

A autora nos apresenta logo nas primeiras páginas a relação fria de um pai, O Duque de Hastings, com Simon, o seu herdeiro. Por um problema na infância – e aqui acho interessante o leitor descobrir sozinho, embora resenhas sobre isso não falte –, Simon conheceu uma relação desprovida de sentimentos, tratado como um idiota aos olhos do pai até que por fim O Duque de Hastings o esqueceu por completo. Essa atmosfera pouco acolhedora não toca apenas o leitor; o relacionamento com o pai transforma Simon, anos depois, em um homem pouco sociável, meio torturado, discreto e que, de certo modo, parece ter seguido alguns passos do pai. Fica óbvio o quanto a indiferença do Duque influenciou nas atitudes e pensamentos do filho.

É numa festa de uma antiga amiga que Simon conhece Daphne, a irmã mais velha de seu melhor amigo. A situação do encontro é inusitada mas parece o suficiente para os dois fixarem certo tipo de companheirismo instantâneo. Não demora muito e Simon se vê flertando com Daphne, trocando diálogos encantadores; dançando e rindo com a mesma. Daphne parece diferente das outras mulheres e, com isso, o Duque percebe que estava diante de uma oportunidade para afastar as mães casamenteiras e suas filhas sonsas: Ele propõe à Daphne um noivado de mentirinha. Mesmo enfrentando o ciúme dos irmãos e uma mãe “danada”, os dois concordam com o plano e  vivem momentos maravilhosos juntos… porém, o Duque não esperava que fosse, de fato, se apaixonar pela melhor amiga do seu irmão. E isso, para Simon, era um erro sem volta.

Os personagens do livro são bem construídos; cada um encaixa-se em sua proposta de maneira formidável. Simon desempenha muito bem o papel de um homem com mágoas do pai, sofrido, que esconde certa obsessão mas, ao mesmo tempo, é de uma ternura extrema com relação a Daphne e traz um toque de superação pelo seu “problema”. Os irmãos de Daphne são maravilhosos, mas é Anthony quem consegue chamar a atenção pelo ciúme possessivo e delicioso que sente com relação a irmã. As intromissões dele são sempre divertidas e bem vindas; faz com que a gente fique na vontade pelo livro dele.

Entretanto, foi Daphne quem conseguiu me conquistar.  Ah, se todas as autoras conseguissem construir personagens como Daphne… Ela é carismática, divertida; traz um ar sonhador de ter sua própria família mas ao mesmo tempo lida com a realidade de forma madura e inteligente. Ela não abandona o jeito ingênua de moça delicada, mas não hesita em dar um soco no próprio Duque quando isso significa salvar a vida dele. Se ela quer algo, não remói sobre o assunto, mas sim vai atrás… enfim, a autora soube equilibrar bem essa personalidade fofa e divertida ao mesmo tempo.

O romance entre os dois foi um dos mais gostosos que acompanhei. Há uma química tão boa entre eles, e aqui não me refiro à parte sensual da história, mas sim ao companheirismo, aos diálogos divertidos, as conversas mais delicadas… o leitor consegue sentir a conexão logo nas primeiras páginas. Quanto ao teor sensual, o livro traz boas doses de cenas de paixão, tudo com carinho, elegância e romantismo.

O Duque e Eu é uma delícia de leitura que me agradou muito. Eu evito comparações, mas é quase impossível quando transbordam elogios a uma determinada a autora. E… bom, pelo tanto que falaram, eu esperei encontrar uma narrativa com os ares de Judith McNaught; já que estamos falando em rainhas deste gênero. Esperava personagens cujo lado psicológico são mais dramático, a narrativa voltada para o conflito interno entre os personagens além da abordagem mais dura as convenções da época. Talvez por isso, apenas no começo eu tenha demorado um pouco a “pegar o jeito”, mas meu incômodo durou pouco e a forma suave de Julia Quinn me conquistou quase na mesma intensidade. É uma graça de leitura que marca pelo jeito fofo e inteligente.

Capa Original:

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8 comentários:

  1. oi Bru! J[aconhecia Julia Quinn e gosto muito de seus livros, ela `e uma Lady...
    `Historia de um grande amor `e doslivros mais perfeitos que eu j`a li na vida =O Muito fofo...
    Amei a resenha! quero muito ler este livro loguinho!

    Bjus, Sabrina

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    1. Nossa Sa, fiquei curiosa agora! Acho que esse é o último da série, não é? Mas parece que a Arqueiro vai publicar rapidinho os próximos *.* \o/

      Achei muito fofo a relação do casal, sem melindres mesmo. Eles se gostam, se curtem e isso basta. Uma graça de leitura. Beijos!

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  2. Ahhhh eu quero tanto, tanto, tantoooo ler esse livro! *-*
    Sua resenha conseguiu me deixar mais ansiosa e curiosa.
    Faz tanto tempo que não leio um romance histórico desse tipo.... mal posso esperar para ter meu exemplar em mãos! *-*

    Adorei sua resenha!

    Beijos

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    1. Oi Amanda, obrigada!

      Eu não consigo ficar muito tempo sem ler um histórico, é vício total hehehe Beijos! :*

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  3. Agora fiquei morrendo de vontade de ler esse livro parece ser bem o tipo que eu gosto ;) Descobri o seu blog hoje e gostei muito, as resenhas são muito boas! Bjo

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    1. Oi Natii, muito obrigada! :)) Esse livro é uma graça, bjos!

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  4. Quando eu estive de férias no Rio,em julho, vi esse livro à venda e não resisti em comprá-lo. Não me arrependi! O romance é fofo...Simon mais ainda! E tem um toque de humor tb...tudo dosado na medida certa! Já li o segundo livro da série, o qual tb é muito bom!

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  5. Eu adorei esse livro..simplesmente não consegui parar de ler..

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