quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Primeira Noite – Marc Levy

image- Ficha Técnica:

- Título Original:

- 339 páginas

Em O Primeiro Dia, o best-seller francês Marc Levy escreveu seu primeiro romance de aventura, que tem seu desfecho na sequência A Primeira Noite. No primeiro livro, um estranho pingente dado à arqueóloga Keira marca o ponto de partida para a trama de dimensão épica. Nele uma tempestade de areia prejudica uma escavação no vale etíope de Omo, da qual Keira fazia parte, e a força a voltar à Europa. No entanto, antes de partir, uma criança que conheceu no local a presenteia com o curioso artefato. Com a ajuda de Adrian, astrofísico e seu ex-amante, a arqueóloga havia chegado à conclusão de que o pingente reproduz as estrelas do céu, na posição exata em que estavam no dia da criação do universo. Por isso, teria valor inestimável e seria capaz de colocar em risco a vida dos dois, o que acaba por acontecer. Seguidos de perto por misteriosos indivíduos, Adrian e Keira acabam por se envolver em uma tragédia. Perto de descobrirem artefatos que poderão solucionar o enigma da criação do mundo, os dois têm suas buscas interrompidas por um acidente na China. Aparentemente, o evento teria sido provocado por alguém. Agora, Keira está desaparecida - possivelmente morta. Desolado, Adrian retorna à Grécia e se remói pela perda da mulher por quem nutriu sentimentos verdadeiros. No entanto, o aparecimento de uma foto, que talvez seja de Keira, reacende nele as esperanças. Consciente de que o desejo de desvendar os mistérios do universo foi o que o uniu novamente a Keira, mas também os separou, Adrian parte em uma viagem disposto a encontrá-la viva. Ele buscará retomar também a aventura pela solução dos segredos milenares.

- Nota: image

“A Primeira Noite” é a continuação e o desfecho da história escrita por Marc Levy, em seu livro “O Primeiro Dia” (clique aqui para ler a resenha). Portanto, se você não o leu, é possível que a resenha possa conter alguns spoilers.

A história de Adrian, um astrofísico, e Keira, uma arqueóloga, segue continuação na aventura por respostas acerca do universo: Qual seria o primeiro homem a surgir no planeta Terra? E a primeira estrela? É nesse pano de fundo que Marc Levy dá a continuação para um livro que segue um pouco a receita do seu antecessor: muita pesquisa, viagens ao redor do mundo, um toque de perseguição, mistério e romance.

Não falo isso de um modo ruim, pelo contrário. Nesse aspecto, estava gostando da história até mais que o primeiro livro. Se em “O Primeiro Dia” tivemos a introdução aos personagens, a história de pedras que, juntas, formavam um estranho mapa do qual todas as nações estavam interessadas em esconder, em “A Primeira Noite”, Marc Levy foca exclusivamente no achado das pedras e em seus significados. Adrian e Keira ficam cada vez mais perto de achar a terceira pedra, mas, na medida em que isso ocorre, as chances de serem mortos só aumenta.

Preciso admitir que vez ou outra achei um tanto quanto cansativo toda essa áurea de pesquisas e mais pesquisas, viagens e mais viagens (e, vejam bem, eu adoro um bom livro a “la indiana jones”!). Diferente do primeiro, o livro se arrastou um pouco, ainda que o número de páginas seja menor que “A Primeira Noite”. Por outro lado, numa avaliação geral, a história é gostosa de ler e o autor aposta mais em ação. Adorei as cenas de perseguição, bem como o lado romântico de Adrian em alguns momento. Para mim, foram as melhores partes do livro. 

Quanto ao romance, apesar de ter gostado  das vezes em que os dois ficaram juntos – embora tudo passado de forma bem light (sim leitor, nada de descrições detalhadas) –,  não sentia Keira na mesma sintonia de paixão que o Adrian. Aliás, nesse ponto sigo a opinião da maioria: Keira é egoísta e um tanto quanto insensível. Já o personagem tem um lado oposto; sensível e até melancólico em sua narrativa, algo que não combina com Keira. Talvez por isso a química entre os dois não seja assim tão forte.

Toda a pesquisa de Marc e os pontos que ele expõe no livro trazem questionamentos interessantes com relação a religião e ciência, o avanço científico e o que entendemos por evolução. Sendo ateia, sempre gostei dessas discussões e as diversas opiniões diferentes que esse tipo de discussão pode gerar. As últimas páginas compensam qualquer defeito ao longo do livro; ao mesmo tempo dá aquela sensação triste por saber que, embora com alguns aspectos negativos (mas outros muito positivos), terminei uma ótima história, com personagens que conseguiram cativar a ponto de saber que, vez ou outra, vou lembrar da história com carinho. Uma ótimo leitura, que indico com toda certeza. =)

Capa original:

image

image

3 comentários:

  1. Oiii gatona.
    Minha gêmea literária!
    Concordo em número, gênero e grau com sua resenha.
    Keira é egoísta e aprende o conceito de empatia e amor com Adrian e Harry.
    Aliás, não sei como ela deixou o menino uma vez para trás depois de manifestar tanto amor...
    Adorei a resenha!

    =***

    Comentário postado originalmente no Intense Debate

    ResponderExcluir
  2. Só li o "O primeiro dia" e simplesmente amei, me derrubei em lágrimas nas ultimas páginas e não vejo a hora de comprar a continuação, uma mistura de mistério com um amor um tanto quanto diferente,

    recomendo.

    Pamela Rodrigues

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Primeiro Dia é muito bom mesmo :)) Também chorei no final, hehehehe.

      Eu adorei A Primeira Noite, mas achei que o primeiro livro continua sendo o melhor mesmo :P rs

      Beijos!

      Excluir

Obrigada pela visita, de sua opinião, ela é muito importante!

- Caso tenha uma pergunta deixe seu e-mail abaixo que respondo assim que o comentário for lido.
- Se você quiser deixar seu endereço de blog ou site, comente usando a opção OpenID. Comentários com URL não serão mais aceitos.
- Caso sua mensagem não tenha relação com o post, envie sua mensagem pela opção contatos no menu do blog.
- Comentários ANÔNIMOS não serão mais aceitos. Use a opção Nome/URL