Cinquenta Tons de Liberdade – E. L. James

- Ficha Técnica:

- Título Original: Fifty Shades of Free

- Sinopse: Quando a ingênua Anastasia Steele conheceu o jovem empresário Christian Grey, teve início um sensual caso de amor que mudou a vida dos dois irrevogavelmente. Chocada, intrigada e, por fim, repelida pelas estranhas exigências sexuais de Christian, Ana exige um comprometimento mais profundo. Determinado a não perdê-la, ele concorda. Agora, Ana e Christian têm tudo: amor, paixão, intimidade, riqueza e um mundo de possibilidades a sua frente. Mas Ana sabe que o relacionamento não será fácil, e a vida a dois reserva desafios que nenhum deles seria capaz de imaginar. Ana precisa se ajustar ao mundo de opulência de Grey sem sacrificar sua identidade. E ele precisa aprender a dominar seu impulso controlador e se livrar do que o atormentava no passado. Quando parece que a força dessa união vai vencer qualquer obstáculo, a malícia, o infortúnio e o destino conspiram para transformar os piores medos de Ana em realidade.

- Nota:

Após minha resenha de Cinquenta Tons Mais Escuros, (para ler a resenha, clique aqui), fiquei ansiosa pela continuação. Depois de certa decepção com relação ao primeiro livro, a autora conseguiu me fisgar em sua continuação, e mergulhei de cabeça na história entre o bilionário Christian Grey, adepto ao BDSM, e a jovem Anastasia Steele.

Em Cinquenta Tons de Liberdade, Ana e Christian Grey começam de fato a viver como um casal. Pelo menos a primeira parte do livro se resume a um mundo cor de rosa, cheio de nuvenzinhas de algodão onde Ana está vivendo com seu marido (sim, ela agora é Anastasia Grey). Ainda que tenha uma ou outra briguinha por ciúmes, Ana tem sua lua de mel perfeita, com o homem perfeito. A narração se divide entre o presente  e alguns de seus flashbacks, como o momento do casamento e cenas de amor.

Claro que nem tudo seriam flores. Assim como seu antecessor, em Cinquenta Tons de Liberdade, não temos uma grande trama central que move toda a história. O que de fato acompanhamos é as crônicas cotidianas do casal, e como tal, há ainda mais brigas do que no segundo livro. Por mais surpreendente que seja, onde 11 em cada 10 leitoras odeiam Ana, foi Christian quem me irritou dessa vez. Seu ares possessivo aumentam a ponto de sufocar a relação. O casamento parece beirar por um fio quando Christian consegue superar todos os mocinhos brutos e ogros  em uma cena de doer no coração.

E por falar em doer o coração, E. L. James continua apostando no drama e na superação do casal. Por mais rótulos que o livro ganhe, e isso vai do “pornô para mamães”,  literatura erótica, blá, blá, ainda penso que o foco do livro não é tratar de um casal que faz sexo BDSM (sempre achei esse marketing em cima do livro uma furada), mas sim na redenção de Christian, na tentativa de um homem em curar suas feridas, um homem que – como ela conseguiu passar, – é realmente atormentado e precisava de ajuda. Também acredito que a ideia aqui é mostrar até uma pessoa apaixonada pode se doar por alguém e tentar compreendê-lo como a Ana fez. (porque se fosse comigo, eu já teria abandonado o Christian 5 minutos depois do casamento :P.)

Por ter gostado muito do segundo livro, estava esperando algo ainda melhor no terceiro, mas acho que fiquei um tantinho decepcionada. Ainda existem pontos negativos na escrita e o tão misterioso passado de Christian – também revelado no livro –, poderia ter sido mais desenvolvido. Em alguns pontos, senti que estava lendo mais do mesmo do que encontrei no segundo. Em outros, a leitura fluiu bem, me vi envolvida no carinho e brigas do casal e uma cena digna de arrancar lágrimas. Para os que gostam de ação e tensão, há alguns momentos para se deleitar. A última parte consegue fechar o livro com chave de ouro.

Confesso que vou sentir saudade de ler o Christian (mesmo com todos os seus defeitos), mas, ao mesmo tempo, espero que a E.L James fique mesmo apenas em três livros. Essa moda de estender a trilogia só pra lucrar mais acaba frustrando e, na minha opinião, sempre faz com que a o enredo perca um pouco a qualidade. Não é uma trilogia que revolucionou o que entendemos por literatura erótica (embora tenha revolucionado em outros aspectos e abriu muitas portas pra esse meio). Foi uma trilogia gostosa de ler, onde torci pelos personagens, me irritei com eles, me vi pensando no casal e por fim, me despedi, como final de toda trilogia. Agora é ficar no aguardo pelo filme e esperar. ;)

Trailer de um “filminho” independente sobre o livro:

Links:

http://50shadesofgrey.com.br/

http://50tonsdecinza.com.br/

http://www.cinquentatonsdecinzabr.com/

Capa Original: