sexta-feira, 13 de julho de 2012

Promise of The Rose – Brenda Joyce

image- Ficha Técnica:

- Sinopse: * Stephen, guerreiro conhecido por sua valentia e crueldade na batalha, sabe que casando com sua prisioneira porá fim a interminável guerra entre Escócia e Inglaterra. E, apesar de tentar impedir por todos os meios, não poderá evitar sentir-se irresistivelmente atraído pela princesa. Mary, que a princípio se opõe ao matrimônio, acabará cedendo, já que em seu coração nasce um profundo e apaixonado amor pelo homem que a mantém cativa. Uma vez casados, Mary terá que escolher entre ser uma espiã, tal e qual exige seu pai, o rei da Escócia, ou trair o homem que possui sua alma. Em meio de intrigas e sombrios planos de vingança, nasce um amor que será mais forte que o ódio e a traição. Um amor que perdurará para sempre. Um amor que se tornará uma lenda.

*tradução livre* (fonte: skoob)

- Nota: 5

Após “Noiva Roubada”, (clique aqui para ler a resenha), pensei em ir atrás de outros livros da autora. A série Warrane, da autora Brenda Joyce, é composta de dez livros, podendo ou não seguir pela ordem cronológica.

Promise of The Rose conta a história de Stephen, um vassalo do rei cuja propriedade, à fronteira da Escócia, é tão valiosa que o faz ser um forte aliado para o Rei Rufus. Quando volta de uma batalha, ferido, seus homens encontram na floresta uma mulher que, mais para frente, descobririam ser a filha do Rei da Escócia. Entre brigas, fugas e discussões, Stephen vê sua oportunidade para subjugar Malcom, o pai de de Mary, a uma aliança forçada através do casamento.

Seria um enredo que já vemos nos romances medievais, isso não é novidade. Acredito de vez em quando no “nada se cria, tudo se copia”, entretanto, dependendo da forma como o mesmo enredo é trabalhado, ele pode soar o diferente. Foi isso que aconteceu durante a leitura, quando me vi completamente envolvida numa história carregada de conspirações, intrigas, injustiças e guerras. São trezentas e poucas página conflitando com os mais variado tipos de situações e sentimentos.

É impossível falar desse romance sem descrever os personagens secundários que ganharam uma importância fundamental à trama. É a primeira vez que vejo personagens de fundo serem tão importantes quanto o casal principal. Temos Rufus, um rei homossexual comandando a Normandia; seu irmão, Henry, vive a sua sombra, embora seja perigoso. Ainda contamos com os irmãos de Stephen, o pai de Mary, rei da Escócia, e seus seis protetores irmãos. Todos possuem papel fundamental nessa guerra entre os países.

Com tantos personagens com ares poderosos, o livro é cheio de tensão política e disputa de poder. Brenda Joyce constrói uma história onde é possível enxergar o que, de fato, era a dura realidade da época. A disputa  entre a monarquia não media esforços, vassalos não passavam de meros peões que deviam servir aos seus reis através de duras provas de lealdade e juramentos sagrados. Em um minuto você poderia ser o favorito da coroa, no segundo seguinte ser acusado de traição. O abuso era grande e o limite desconhecido para esses homens.

Quase ninguém nesta história consegue ser o santo. O que se via na Idade Media é posto em alta pelo livro: o perigo da traição, da guerra e a pouca – ou quase nenhuma – voz que tinham as mulheres. Suas obrigações limitavam a cuidar de seus maridos, satisfazê-los (quando eles assim achassem necessário) e lhe darem filhos homens.

Mary é a protagonista desse cenário. Ela é, em palavras da própria personagem, um sacrifício político. Os dois lados a usam para chegar aonde querem, sem importar as consequências. A autora escreve de modo a entrarmos num espaço onde os filhos são mero meio para os pais conseguirem o que querem, matrimônios servem para acordos políticos ou como um meio de chantagem. Aqui, abro um parêntese para enfatizar que o próprio Stephen foi tirado de seu pai e levado a corte para manter Rolfe sobre controle pelas mãos do rei. O modo como todos são  peões fáceis em jogos políticos, impressiona com a veracidade da escrita da autora.

Então o leitor se pergunta, e o romance? Ele existe, é intenso mas nada florzinha. Chega a ser hot as cenas de paixão, mas o amor em si é uma montanha russa. Uma hora tudo está indo bem, mas no outro, um pequeno mal entendido vira sinônimo de uma alta traição. O casal tem química, mas quase não passa disso. A amizade e o companheirismo são vistos no livro como algo raro. Por isso o romance beira na corda bamba todo o tempo, principalmente pelas incontáveis vezes que Mary teve que pagar por acusações falsas do qual sequer teve permissão para se defender. Embora eu tenha gostado de Mary, prefiro outro tipo de personagem. Até entendo a situação de uma mulher naquela época, mas meu lado leitora prefere mocinhas mais ativas do que aquela que abaixa a cabeça e chora em silêncio. É irritante.

Eu odiei e amei o Stephen. Ele segue os padrões de qualquer outro personagem, acha que sua esposa lhe deve a obediência cega. Tentei enxergar um personagem que vivia nos tempos em que a traição podia vir da própria sombra para justificar certas atitudes dele com relação a Mary, as vezes forte demais. Ele sabia ser doce e cruel. Confesso, o perdão veio fácil, Stephen merecia sofrer bem mais.

Em vezes me vi irritada, outras um pouco surpreendida. Quando estamos acostumadas a ler romances medievais floreados,  um livro desses acaba sendo quase um choque. Foi certamente um achado, fico surpresa que eu nunca tenha ouvido falar da autora nos grupinhos de romances por aí. Brenda Joyce ainda coloca uma nota no final do livro, contanto mais fatos sobre aquela época e sua pesquisa minuciosa que construiu a ponte sólida para uma história narrada de forma forte e quase real. Aos amantes de romances medievais, é como eu li nas opiniões que andei vendo a respeito do livro: Você pode odiar ou amar, mas vai ser impossível ficar indiferente a história de Stephen e Mary.

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2 comentários:

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