segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Primeiro Dia - Marc Levy

image- Ficha Técnica:

- Título Original: Le Premier Jour

- 367 páginas

- Sinopse: Ambiciosa e apaixonada, a arqueóloga Keira comanda uma escavação no Vale de Omo, na Etiópia – e, quando uma tempestade de areia destrói o local, se vê obrigada a retornar à Europa. Mas traz consigo um estranho pingente, que recebeu das mãos de um menino etíope. Em Londres, disputando uma bolsa de pesquisa, seus caminhos se cruzam com o de Adrian, um renomado astrônomo – e seu ex-caso, de muitos anos atrás. Numa visita ao apartamento dele, ela esquece lá o pingente, acendendo em Adrian tanto o interesse científico pela origem do artefato quanto o amoroso por sua dona. Logo se tornará claro para o casal que eles não são os únicos interessados no pingente, e que há gente disposta a tudo para consegui-lo. Keira e Adrian partem numa viagem que os levará a vários continentes, seguindo mapas traçados a partir das estrelas e pistas enterradas no solo. E sua meta é achar a resposta para perguntas que intrigam a todos desde o início dos tempos.

- Nota: 4

- Onde começa a aurora?

(prólogo)

Quando li a sinopse desse livro, me identifiquei logo de cara. Marc Levy é autor do livro “E Se Fosse Verdade?”, que originou o filme pouco tempo depois. Embora eu nunca tenha lido nada do autor, O Primeiro Dia foi uma ótima surpresa e me conquistou com uma tema do qual sou fã de carteirinha desde meus tempos de adolescência: A arqueologia e astronomia.

Keira e Adrian trabalham em profissões diferentes, com um objetivo em comum: os dois procuram os primórdios da humanidade, onde tudo começou. Keira é arqueóloga e procura as respostas na terra, em suas escavações na Etiópia. Adrian por sua vez é astrônomo, estuda as estrelas e procura responder a origem do universo. Após Keira receber um pingente que, para ela, nada mais era que um presente simbólico de Harry (uma criança africana), a vida da arqueóloga muda e o caminho de Keira e Adrian se cruzam com um mesmo propósito.

Incentivado por seu amigo Ivory, Keira decidi buscar mais informações sobre o pingente. Mas o que começa com uma simples pesquisa termina com várias nações interessadas no artefato, e tão importante quanto o objeto era saber se Keira e Adrian deveriam ou não continuar as suas pesquisas que mudaria tudo que o homem sabe sobre si próprio em termos de história.

Já no prólogo fui conquistada. De forma singela e fluída, o autor nos apresenta o pano de fundo da história: Um livro recheado de questionamentos acerca do universo, explicações arqueológicas e astrológicas de fácil compreensão, que envolvem o leitor da primeira a última página. Os acontecimentos são um tanto quanto moderados, sem ser aqueles livros em que tudo ocorre rápido demais. O suspense é a marca do autor, mas ele também resgata o bom e velho estilo “Indiana Jones”. Temos aventura, alguns enigmas, mistério, assassinatos e claro, romance!

Marc Levy optou por dois tipos de narrativa. Quando estamos lendo sobre Keira, a narrativa se encontra em 3° pessoa, mas quando há acontecimento de Adrian, entramos na 1° pessoa. De tal forma, ficamos mais próximos de Adrian, seus pensamentos, sentimentos e conflitos.

Demorei um pouco a me acostumar com os diálogos que preenchiam uma, as vezes duas páginas (ou mais) sem qualquer tipo de interrupção. (tadinho dos personagens, não faziam pausa nem para respirar!). Os pontos de exclamação em cada frase também eram constantes. De certa forma, tudo isso contribuiu para que os personagens não soassem tão naturais, de uma forma um tanto quanto mecânica. Felizmente, isso não durou todo o livro. Lá pela página cem o autor consegue “pegar o jeito” e a leitura fluí de forma ótima e deliciosa. Aquele tipo de livro que, quando vai ver, você já leu mais de cem páginas.

O romance acontece de forma natural. Sem grandes holofotes, mas, ao mesmo tempo, bem trabalhado, acabamos torcendo para que no fim dê tudo certo e eles consigam ficar juntos. Na contracapa do livro há elogios à Marc por trabalhar temas como amor e amizade, e é verdade. A amizade de Adrian com Walter, que acaba se tornando seu melhor amigo, me fez pensá-los como Batman e Robin, ou como o próprio Walter chega a comentar, “Dom Quixote e seu fiel escudeiro”. Ainda assim, temos surpresas bastante interessantes no final e o autor nos mostra que quase ninguém no livro é o que parece.

O resultado? Uma história deliciosa com um final deixando aquele gostinho de quero mais. O Primeiro Dia deixa alguns pontos para o próximo livro, mas nada que dê ao leitor a sensação de ter sido enrolado, pelo contrário. O livro fecha de forma compreensível  e bastante curiosa. O bom é que não precisaremos esperar muito, em outubro a Suma de Letras estará lançando sua continuação, “A Primeira Noite”. Adorei.

Capa Original:

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Booktrailer do livro:

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