domingo, 3 de julho de 2011

Um Dia – David Nicholls

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- Ficha Técnica:

- Título Original: One Day

- 410 páginas

- Sinopse: Dexter Mayhew e Emma Morley se conheceram em 1988. Ambos sabem que no dia seguinte, após a formatura na universidade, deverão trilhar caminhos diferentes. Mas, depois de apenas um dia juntos, não conseguem parar de pensar um no outro. Os anos se passam e Dex e Em levam vidas isoladas - vidas muito diferentes daquelas que eles sonhavam ter. Porém, incapazes de esquecer o sentimento muito especial que os arrebatou naquela primeira noite, surge uma extraordinária relação entre os dois. Ao longo dos vinte anos seguintes, flashes do relacionamento deles são narrados, um por ano, todos no mesmo dia: 15 de julho. Dexter e Emma enfrentam disputas e brigas, esperanças e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. E, conforme o verdadeiro significado desse dia crucial é desvendado, eles precisam acertar contas com a essência do amor e da própria vida.

- Nota: 
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Foi um livro que causou uma salada de sensações em mim. Não espere grandes revelações, mistério, um romance tórrido, nada disso… são dois amigos desde os tempos de faculdade, que crescem, mas nunca se separam. Pode passar alguns meses, um pouco mais, mas eles estão sempre entrando em contato um com outro, porque não conseguem ficar sem escutar aquela voz, ou ver aquele sorriso novamente. De vez em quando, eles não entendem porque é tão importante um ao outro essa ligação.

Cada capítulo conta a história de um ano, mais especificamente de um dia naquele ano deles. Por um lado, esse jogo de narrativa do autor me frustou. Quando a cena começava a se aprofundar, o próximo capítulo passava para o próximo ano, e meu desejo era bater no escritor, fazê-lo voltar aquela cena do capítulo anterior, e continuar de onde parou. São tantos “um dia” que chega a cansar, e você se pergunta se será assim até o final do livro. Por outro lado, é uma forma diferente de acompanhar o cotidiano de dois personagens adolescentes, e como acontece o amadurecimento deles com o passar do ano. Suas perdas, suas vitórias, seus desastres…

E por falar em desastre, os personagens aqui não são perfeitos. Na realidade, Dexter não me conquistou muito. Ele bebe, fuma, usa drogas, sai com a primeira coisa que estiver usando saias, é irresponsável… isso me irritou boa parte do livro, me fazendo pensar se já houve algum protagonista tão imaturo quanto ele. Mas assim como qualquer ser humano, chega uma hora que ele também precisa amadurecer.

Mas então, porque eu dei 4 estrelas? Sim, vale a pena. Melhora, e estava com lágrimas para formar um rio nas últimas cenas. É lindo, lindo, lindo! Embora um tanto clichê, devo dizer, mas o segundo “jogo de narrativas” que o autor usa para o final vale a pena. Uma avaliação no geral, e não minuciosa, mostra o quanto o livro é delicado, sutil. Esses pequenos encontros, um toque de braços, a vontade de estarem juntos, as palavras que não sai, tudo isso transofrma o livro numa leitora gostosa, porém que deva ser lido devagar. Estava pronta para ver o filme, mas vou ir a falência comprando tantos lencinhos, rs. Um conselho? Não assistam o trailer se não quiserem spoilers. Ah, e acredito que, com certeza alguns porcentos dentre os milhares que lerão esse livro, passará a ter uma visão diferente daquele seu “melhor e inseparável amigo”. ;)

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