* Título Original: Juliet
* Preço: SARAIVA | FNAC | CULTURA
* 441 páginas
"Julie Jacobs e sua irmã gêmea, Janice, nasceram em Siena, na Itália, mas desde os 3 anos foram criadas nos Estados Unidos por sua tia-avó Rose, que as adotou depois de seus pais morrerem num acidente de carro. Passados mais de 20 anos, a morte de Rose transforma completamente a vida de Julie. Enquanto sua irmã herda a casa da tia, para ela restam apenas uma carta e uma revelação surpreendente: seu verdadeiro nome é Giulietta Tolomei. A carta diz que sua mãe havia descoberto um tesouro familiar, muito antigo e misterioso. Mesmo acreditando que sua busca será infrutífera, Julie parte para Siena. Seus temores se confirmam ao ver que tudo o que sua mãe deixou foram papéis velhos – um caderno com diversos esboços de uma única escultura, uma antiga edição de Romeu e Julieta e o velho diário de um famoso pintor italiano, Maestro Ambrogio. Mas logo ela descobre que a caça ao tesouro está apenas começando. O diário conta uma história trágica: há mais de 600 anos, dois jovens amantes, Giulietta Tolomei e Romeo Marescotti, morreram vítimas do ódio irreconciliável entre os Tolomei e os Salimbeni. Desde então, uma terrível maldição persegue essas duas famílias. E, levando-se em conta a linhagem e o nome de batismo de Julie, ela provavelmente é a próxima vítima. Tentando quebrar a maldição, ela começa a explorar a cidade e a se relacionar com os sienenses. À medida que se aproxima da verdade, sua vida corre cada vez mais perigo. Instigante, repleto de romance, suspense e reviravoltas, Julieta – livro de estréia de Anne Fortier – nos leva a uma deliciosa viagem a duas Sienas: a de 1340 e a de hoje. É a história de uma lenda de mais de 600 anos que atravessou os séculos e foi imortalizada por Shakespeare. Mas é também a história de uma mulher moderna, que descobre suas origens, sua identidade e um sentimento devastador e completamente novo para ela: o amor."
Esse é um livro que só ouvia comentários fantásticos a respeito, e quando comecei a ler tinha a idéia de que seria o “livro medieval do ano”. Talvez por isso eu tenha me decepcionado um pouco com a história. Isso acontece quando você coloca expectativas demais em um livro.
O principal ponto negativo, ao meu ver, é o ritmo da narrativa. Achei que ela demorou muito para se desenvolver. Como em Labirinto (por acaso, também medieval), o livro é intercalado com capítulos contemporâneos de Julie, e outro pelo passado, contando a história de Julieta e Romeo. De um lado, Julie que recebe o testamento de sua vó e descobre que ela não lhe deixou nada, a não ser uma passagem para Itália para desvendar um mistério de sua família. Do outro, a história que todos já conhecem.
Muitas vezes me vi pulando páginas e mais páginas de descrições, esperando que algo no livro acontecesse. A história fica girando e girando em torno do mistério da família de Julie, e bem, mas bem aos poucos mesmo, esse mistério vai sendo desvendado. Senti que em 441 páginas, a autora poderia ter resumido em umas 250 que não teria dado por falta.
Sendo um clássico, esperem um livro medieval com linguagem mais formal. Frases ao estilo “tú és a mais bela do meu jardim, que floresces como o raio de sol…” serão encontrados bastante ao longo da história, podendo agradar as mais românticas ao estilo de Romeu & Julieta.
Gostei do livro em vários momento. Achei a parte medieval mais rápida, e a história tão famosa garante cenas bonitas de romance, (inclusive a parte contemporânea). É um “duplo Romeu & Julieta”. Em alguns momentos, naqueles em que a trama se tornava mais ágil (um pouco depois da metade do livro), foi legal acompanhar o romance da Julieta atual e sua aventura de desvendar o mistério da família e de uma maldição, em um estilo meio que “a la Codigo Da Vinci”.
Para quem gosta de romance, principalmente medieval, talvez vá curtir o livro. É claro, como sempre ressalto, eu, particularmente, não gostei tanto quanto pensaria. Achei ele… bom. Se você ainda está em dúvida, leia, mesmo porque entre a blogosfera outras pessoas leram e adoraram.
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