domingo, 8 de fevereiro de 2015

A Libélula no Âmbar – Diana Gabaldon

image - Ficha Técnica:

- Título Original: Dragonfly in Amber

- N° de páginas: 935

- Sinopse: Claire Randall guardou um segredo por vinte anos. Ao voltar para as majestosas Terras Altas da Escócia, envoltas em brumas e mistério, está disposta a revelar à sua filha Brianna a surpreendente história do seu nascimento. É chegada a hora de contar a verdade sobre um antigo círculo de pedras, sobre um amor que transcende as fronteiras do tempo... E sobre o guerreiro escocês que a levou da segurança do século XX para os perigos do século XVIII. O legado de sangue e desejo que envolve Brianna finalmente vem à tona quando Claire relembra a sua jornada em uma corte parisiense cheia de intrigas e conflitos, correndo contra o tempo para evitar o destino trágico da revolta dos escoceses. Com tudo o que conhece sobre o futuro, será que ela conseguirá salvar a vida de James Fraser e da criança que carrega no ventre?

- Nota: image

A Libélula no Âmbar foi, certamente, uma das maiores decepções literárias que tive nos últimos anos. Com expectativas condizentes com o sucesso da autora, e, principalmente, com o alcance mundial da série de TV, a continuação de “A Viajante do Tempo” não só deveria fazer jus a reputação do primeiro livro, como também deveria seguir a linha entre um romance intenso mesclado à cenas históricas em meio a um cenário de lutas e de conspirações instigantes. Infelizmente, não é o que encontramos neste segundo volume.

Após um salto de vinte anos no tempo, Claire está de volta e decide contar para sua filha, Brianna, a história de seu verdadeiro pai. Na França, Jamie e Claire se estabelecem e passam a trabalhar no ramo de bebidas alcóolicas, mas possuem outros planos em mente. Os dois seguem meses oferecendo jantares a companheiros jacobitas, contudo, as coisas começam a dar errado em uma sucessão de acontecimentos que vão desde uma tentativa de estupro misteriosa até ao aparecimento de um antigo inimigo dos dois.

A Libélula no Âmbar  é uma compilação de cenas arrastadas e de diálogos prolixos que dão voltas e mais voltas em um cenário corriqueiro. Diana Gabaldon enfrenta a difícil tarefa de passar todo o seu conhecimento ao leitor sem entendiá-lo com uma longa e cansativa aula de história. Entretanto, é justamente isto que acontece. Em vários momentos, a autora se perde no ritmo, e sua trama é deixada de lado para nos dar o vislumbre de páginas e mais páginas detalhadas - e enfadonhas - dos costumes ou das situações políticas da época.

O romance, tão comumente apontado como um dos mais apaixonantes entre os fãs do gênero, dificilmente poderia ser considerado como tal. Claire e Jamie passam boa parte da história envoltos em picuinhas bobas, reclamações a torto e a direito e em discussões políticas-sociais. Uma difícil situação os afasta por um período, e mesmo a reconciliação não consegue ser convincente, sumindo com a química apresentada no primeiro volume. Claire se comporta como uma velha matrona, e Jamie, em discussões sobre piolhos na região íntima do corpo, falta de banho, arrotos e comportamentos grosseiros, está longe de ser um rapaz de arrebatar corações.

Em alguns momentos a autora atiça o leitor, mas logo volta ao texto morno e apático. Ao terminar o livro, fica a sensação de termos enfrentado uma leitura difícil, longe deste termo trazer algum significado que enalteça a obra. O fundo histórico certamente é promissor, tanto que engole os personagens fictícios e tudo mais que diz a respeito a eles. O que sobra? Quase mil páginas de pura enrolação, um contraste gritante entre a o primeiro e o segundo volume. Fica a questão pessoal do porquê de tanto sucesso ao ponto de virar uma série de TV, se não exclusivamente pela história apresentada em “A Viajante do Tempo”.

Capa original:

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11 comentários:

  1. hahahahaha.

    Amei a resenha. Você ficava tentando me obrigar a ler o primeiro livro da série e eu dizendo não. Viu? Ainda bem que não li. Depois de dias ouvindo você reclamar dessa porcaria, finalmente a resenha saiu.

    O livro nunca me interessou e depois da sua resenha (e inúmeras reclamações feitas pelo zap zap, chat do face, etc) aí mesmo que nunca vou ler, kkkk.

    #Amei a resenha.

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    1. O primeiro é bom (apesar de ter algumas partes enroladas tbm rsrs), mas o segundo... que diferença! Sorry por ter passado janeiro inteiro me ouvindo reclamar do livro kkk, tive que desabafar com alguém hahahaha.

      Vou acompanhar a série de TV, talvez este tipo de história fique mais ágil nas telas (e tem o lindo do Sam, não podemos esquecer *cof, cof*). Mas os livros... quero distância, peguei trauma '-'

      Obrigada querida <3 Bjos :*

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  2. Kkkkk... acho que alguém não gostou do livro... hahahaha... Já falei que so vou comprar qdo tiver bem baratinho, e depois dessa resenha o preço vai la pra baixo, kkkk
    Mas eu amo o Jamie do primeiro.

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    1. O Jamie do primeiro é diferente do segundo, acredite hahahaha. Ele continua um jovem de "coração bom", mas a química do primeiro livro não está presente aqui. Os dois parecem que estão casados há 40 anos, perderam aquele fogo, aquela "intensidade" que tinham no começo. Ficaram dois chatos, essa é a verdade -.- hahahaha

      Eu teria ficado p. da vida se tivesse comprado pelo preço que tá para não gostar depois. Mas vai que você curte, não é? Pelo que eu vejo, fui uma das poucas que não gostou hahahahaha >.<

      Bjos :*

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  3. Eu simplesmente amei o livro. Já estou no 5 e li o 2 num piscar de olhos. Estava cada vez mais interessada que chegasse na parte do reencontro e quando chegou senti a emoção daquele momento. os dois estavam separados por 20 anos e não eram mais dois jovens. Eram dois adultos que tinham passado por muita coisa na vida e só sabe disso que está nos 40 anos. Apesar de casados, havia muita coisa para reencontrar, havia a estranheza do momento, a dúvida sobre os sentimentos e , por fim, o estreitamento dos laços. Super recomendo para quem gosta de uma história de um relacionamento real, menos romanceado e mais pautado na pesquisa histórica.

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    1. Acho que fui uma das poucas que não gostou hahahaha. Pra mim ficou muito na pesquisa, e pouca história de fato =/ E olha que gostei muito do ritmo do primeiro, esperava encontrar algo assim no segundo volume.

      Bjos e obrigada pelo comentário!

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  4. Os livros têm violência, sexo, estupros, piolhos tb (porque obviamente no século XVIII as pessoas não podiam tomar banho com a facilidade que nós podemos) e basicamente um pouco de tudo o que a autora imaginou que seria a vida naqueles tempos, obviamente que sustentada por uma pesquisa histórica praticamente irrepreensível. A beleza da história para mim está aí. Era uma realidade muito diferente daquela de onde a Claire veio e no entanto foi lá que ela escolheu ficar, ao lado do homem que ela amava. De qq forma o que me parece é que talvez vc tenha esperado outra coisa dessa série e não estivesse preparada para o que encontrou.

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    1. Oi Carla! Já li outros livros históricos mais "reais", e concordo com todos os aspectos que ela levanta na história (falta de banho, piolho, etc.). Gosto de vez em quando de pegar um histórico menos açucarado, com um toque mais verdadeiro. Meus dois problemas, na verdade, foram a escrita da autora (como ela trabalhou esses aspectos) e as expectativas de mais. Já tinha lido o primeiro livro e adorado, assisti a série até o hiatus, etc. Imaginei que o segundo seguiria a mesma linha, mas foi cansativo e maçante. E a química entre o Jamie e a Claire, que todos falam, eu não consegui achar interessante :// Definitivamente não fez meu tipo, rsrs.

      Obrigada pelo comentário!

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  5. Oie parabéns pela resenha, eu tbm não curti o segundo livro em termo de romance, mas como historiadora adorei o trabalho que ela fez recriando passo a passo a vida do Príncipe James na corte...
    o que me irritou mais foi o começo do livro, e a expectativa da batalha de Collen na Du para ela me descrever daquela forma... affff....
    Mas foi um livro que não releria apesar de adorar o Murtagh e dele ser meu personagem favorito...
    Beijos

    www.cantodadomino.blogpost.com.br

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    1. Collen na Du ? não seria Culloden? Tem certeza que é historiadora? rsrs

      Ela não descreve a batalha de Culloden no livro 2. Como podia se o livro termina nesse momento?

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  6. Toca Aqui! o/\o A autora abusou do direito de ser chata nesse livro. E olha que eu até fui boazinha e fiquei curiosa em relação ao final, mas realmente não deu. Ela se perdeu totalmente. Se eu já não gostei da Claire no primeiro livro, que dirá neste, hahaha Cortava umas 200 página fácil, fácil...
    Adorei a resenha!

    bjs!

    Thaís;)

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